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15/04/2015     nenhum comentário

Terceirizados do Hospital Carlos Chagas cruzam os braços

Na unidade estadual funcionários contratados pela Pró-Saúde não receberam. OSS e Estado não se entendem e pacientes são prejudicados.

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Os funcionários terceirizados do Hospital Estadual Carlos Chagas, gerenciado pela Organização Social Pró-Saúde, fizeram na última segunda-feira (13) uma paralisação contra o atraso no pagamento dos salários.

Segundo reportagem publicada no site G1, alguns setores do hospital ficaram sem funcionar e, com a enfermaria fechada, muita gente foi atendida nos corredores mas, embora os médicos denunciem que esta situação é uma rotina por lá.

A Organização Social Pró-Saúde, que administra o hospital e outras cinco unidades no estado, admitiu problemas no pagamento dos funcionários e colocou a culpa no governo estadual pelo atraso nos repasses mensais. Já o Governo admitiu que passa por problemas financeiros, mas que depositou o dinheiro das Organizações Sociais na última sexta (10), mas que os salários dos funcionários devem ser pagos até dia 20.

Enquanto o jogo de empurra continua, trabalhadores e pacientes sofrem. Um rapaz de 23 anos, que trabalha como maqueiro no hospital com o salário de R$ 900, disse que foi contratado há quatro meses, mas há três meses ele não recebe nada. Sem dinheiro, muitos não conseguem trabalhar todos os dias porque não têm nem como pagar a condução e, por conta disso, eles se revezam em regime de escalas. “Éramos sete maqueiros e agora só três estão trabalhando e isso prejudica o atendimento”, explicou o maqueiro que preferiu não ser identificado.

Os problemas de pagamento chegam também aos funcionários terceirizados da empresa AVX, responsável pelos serviços administrativos. Segundo eles, desde dezembro, o salário que é pago todo dia 5 só tem sido depositado no dia 20.

Secretaria

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que o repasse às organizações que administram os hospitais foi feito na última sexta-feira (10), mas a secretaria deu uma outra data pra pagar os funcionários – 20 de abril – e declarou que essa dívida com fornecedores é resultado da crise econômica do estado.

Terceirizar é isso. Responsabilidades são empurradas de um lado para o outro. Os contratos de trabalho são precarizados. Na primeira crise os salários são afetados e o impacto na qualidade do atendimento é imediato. A quem interessa terceirizar/privatizar os serviços públicos?

Santos

Como vai ser quando o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) conseguir realizar seu sonho de encher de OSS as unidades de saúde e demais áreas de Santos?

Privatização e terceirização só servem para uma coisa: produzir lucro a empresários. Alguém acaba pagando a conta. Esse rombo sai dos cofres públicos e é assumido pela população que mais precisa dos serviços.

Em Santos estamos bem próximos dessa realidade nefasta após a aprovação pela Câmara por determinação do prefeito das Lei 2.947/2013 (ver página 8) e sua emenda – Lei 3.078/2014 e da Lei 2.965/2014, que autorizam a entrada das OSS e Oscips na administração pública!

Não à terceirização! Não à privatização!

Saúde não é mercadoria!

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