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06/09/2017     nenhum comentário

Suspeita de apadrinhamentos na FUABC movimenta a política de Mauá

Denúncias apontam que funcionários com qualificações técnicas foram demitidos para dar lugar a indicados por políticos.

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O Jornal Repórter Diário, que cobre a cidade de Mauá, em SP, repercutiu nesta quinta-feira (5), as suspeitas de apadrinhamentos políticos nas contratações de terceirizados na rede municipal de Saúde.

Segundo o periódico, a  suspeita de irregularidades na lista de funcionários alocados na Fundação do ABC (FUABC) deixou o clima tenso na Câmara Municipal. Na sessão desta terça-feira (5), um ex-funcionário da entidade denunciou que colaboradores com nível técnico foram “trocados” por “apadrinhados políticos”. O presidente do Legislativo, Admir Jacomussi (PRP), afirmou que investigará o caso.

De acordo com o  enfermeiro Francisco Jales, que durante duas décadas trabalhou na rede municipal, a Prefeitura tem promovido exonerações na Fundação do ABC para dar espaço para indicados políticos. “Precisam ter uma atenção muito grande para essa situação. Preferiram exonerar funcionários com nível técnico para colocar apadrinhados políticos”, afirmou.

O vereador Marcelo Oliveira (PT) também disse que existem suspeitas de funcionários alocados na FUABC, mas que na verdade prestavam serviços em outras secretarias municipais. “Tem gente que acompanha o prefeito (Atila Jacomussi, PSB), mas está nesta lista”, afirmou petista.

A lista citada que está sendo examinada contém o nome completo, salários e outras informações referentes aos funcionários da FUABC. O documento com a relação dos contratados foi um pedido feito pelo vereador Irmão Ozelito (SD), em requerimento protocolado no dia 30 de maio. O Executivo protocolou a resposta no dia 20 de junho.

Segundo o petista há na listagem, por exemplo, um funcionário na verdade presta serviços na Prefeitura.

A Fundação do ABC vem sendo assunto entre os vereadores desde março quando ocorreu a demissão de cerca de 100 funcionários. Segundo os manifestantes que ocupam as galerias da Câmara desde então, até o momento não houve o pagamento da rescisão dos contratos. Um abaixo-assinado chegou a ser protocolado no Legislativo.

Em Santos

Em Santos a FUABC atua na UPA Central, por meio de contrato de gestão firmado em setembro de 2015. A unidade recebeu até hoje mais de R$ 30,4 milhões dos cofres municipais. No entanto, as queixas dos usuários são muito grandes, devido a demora, falta de materiais básicos, falta de medicamentos, atendimento ruim e até erros e negligência médica.

No ano passado, um levantamento divulgado pelo ex-vereador Evaldo Stanislau (Rede), mostrou que havia quarteirização na contratação de médicos, com muitos residentes, dos quais alguns iniciando especialização em áreas que nada tinham a ver com o atendimento prestado na UPA.

A FUABC tem várias irregularidades sendo investigadas por órgãos como Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado. Também no ano passado uma Frente Parlamentar foi criada na Assembleia Legislativa para investigar os contratos da organização social, que tem orçamento de R$ 2,2 bilhões e presta serviços cada vez mais questionáveis nas prefeituras onde atua.

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