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29/08/2019     nenhum comentário

SPDM: Morre jovem com tumor gigante e família fala em ‘negligência’ no Irmã Dulce

Paciente ficou internado no hospital de Praia Grande um mês e fez exames que não constataram gravidade; foi transferido para a capital paulista, mas já chegou com quadro de metástase

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Mike Eduardo Andrade da Silva, de apenas 26 anos, faleceu nesta quarta-feira (28), vítima de um tumor gigante na perna. Ele amargou um mês de espera para um tratamento decente no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, gerido pela organização social SPDM. Segundo a família, esse tratamento minimamente digno nunca aconteceu,

Os dias que se passaram sem os procedimentos necessários foram fatais para Mike. Ele até conseguiu ser transferido para a Santa Casa de São Paulo, mas foi tarde demais. Uma semana após dar entrada na unidade, ele não resistiu.

Ao acusar o hospital litorâneo de negligência, a família relata que o rapaz deu entrada no Irmã Dulce em 16 de julho com fortes dores e um inchaço na coxa. Segundo familiares, durante a internação, ele recebeu apenas medicação para aliviar a dor.

A transferência para o hospital na capital, que tem tratamento oncológico, ocorreu via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). Foi marcada para 12 de agosto, mas a remoção só ocorreu de fato no dia 19.

Segundo os parentes, houve falha nos exames feitos pelo Irmã Dulce. Ao G1, Luciane de Freitas, prima de Mike conta que a biópsia realizada em Praia Grande não acusou nada. “Em São Paulo, ele fez outra e constou o tumor”, disse, explicando que o laudo mostrou que o jovem já estava com metástase, quando o câncer se espalha por outros órgãos. Ele já não andava mais.

O paciente então foi desenganado. “Disseram que ele não tinha muita chance de vida”, conta Luciane. A prima revelou que a Santa Casa solicitou ao Irmã Dulce um relatório referente a um procedimento cirúrgico que Mike fez na unidade, em 2012, para implantar uma placa na perna. Ele ajudaria no diagnóstico.

“Quando meu primo chegou em São Paulo, eles pediram um relatório da placa. Só hoje eles entraram em contato para dizer que estava pronto. Hoje, depois que ele morreu”, explicou.

Diante dos fatos, a palavra que a família usa para resumir o tratamento no Irmã Dulce é “negligência”.

“A gente acredita que a demora no tratamento aqui foi o que levou ele a morrer. Foi mais de um mês no Irmã Dulce a base de remédios, não foi feita tomografia. Com certeza foi negligência. Se ele tivesse recebido tratamento antes ele teria sobrevivido”, desabafou.

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