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12/12/2017     nenhum comentário

SPDM em SC: trabalhadores do Hospital de Florianópolis seguem em estado de greve

Salários em atraso foram depositados nesta segunda (11), mas a mobilização para que o HF volte a ser 100% público e estatal continua.

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Funcionários do Hospital Florianópolis (HF) paralisaram as atividades nesta segunda-feira, 11, por falta de pagamento dos salários de dezembro. O movimento foi suspenso no mesmo dia, às 19h, após a  Organização Social que gere o HF, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), depositar os pagamentos.

Eles seguem em estado de greve porque ainda negociam com a SPDM a estabilidade dos que participaram das paralisações e de todos os trabalhadores após a transição de gestão, já que o governo anunciou no final de novembro o rompimento com a associação. Os profissionais temem que haja demissões.

Na quinta-feira, 7, os terceirizados já haviam paralisado as atividades por cerca de duas horas. Somente neste ano, os salários foram pagos com atraso cinco vezes. A convenção coletiva da categoria prevê o pagamento de uma multa de 10% sob o salário quando há atraso no pagamento, além dos juros, o que também não tem sido cumprido pela SPDM.

“É um absurdo termos que parar para garantir que os salários sejam pagos. Como pode o trabalhador fazer seu serviço durante todo o mês e não receber por isso? Essa tem sido uma constante desde que a SPDM assumiu a gestão”, explicou a funcionária do hospital Edileuza Fortuna, que também é diretora do sindicato.

No final de novembro, a SPDM decidiu reduzir o atendimento à população nos hospital Florianópolis e Regional de Araranguá. Na Justiça o Governo do Estado conseguiu reverter.

Além das mobilizações, o sindicato entrou com uma ação de cumprimento na justiça para que a SPDM pague as multas e os salários atrasados. Outra reivindicação é que o HF volte a ser 100% público e estatal.

Desde 2013, o hospital passou a ser gerido pela SPDM e, segundo os funcionários, nos últimos quatro anos várias especialidades já foram fechadas. Somente quatro, dos dez leitos de UTI estão funcionando, como também as cirurgias eletivas e o atendimento de emergência foram temporariamente suspensos em julho deste ano.

O orçamento mensal do HF é de cerca de R$ 4 milhões, sendo que 49% é gasto em folha de pagamento.

Esse é mais um exemplo do quanto as OSs e a gestão terceirizada da Saúde e demais áreas do serviço público prejudicam a população. Por onde passam, as ditas entidades sem fins lucrativos deixam um rastro de problemas, que vão desde a má gestão e desperdício de verbas até a picaretagem e o desvio deliberado dos recursos públicos.

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