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09/04/2019     nenhum comentário

Secretário de Paulínia deixa cargo e acusa governo de fraude na contratação de OS

OS contratada pela Saúde teria apresentado documentos fraudados

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A jornalista Rose Guglielminetti publicou em seu blog, nesta segunda (8), uma notícia indigesta para o meio político da cidade de Paulínia, no interior paulista. E que, ao mesmo tempo, mostra a podridão escondida nos contratos de gestão de serviços firmados com as chamadas organizações sociais (OSs).

Segundo ela, Washington Carlos Ribeiro Soares deixou o cargo de secretário de Administração jogando dejetos no ventilador que estão ainda produzindo forte odor.

Soares acusa o secretário de Saúde, Luiz Carlos Casarin por irregularidades na contratação de uma organização social. A entidade teria apresentado documentos fraudados. Um deles, o atestado de capacidade técnica, era de julho de 2016 e assinado por um homem que morreu em 2012. Esta pessoa inclusive já havia sido interditada pela Justiça em 2012 e nem poderia exercer atos da vida civil. Soares emitiu um parecer sobre a fraude para que a Polícia Civil investigasse o crime.

Leia aqui a matéria, na íntegra.

Ainda conforme a jornalista, Paulínia é comandada por Antonio Miguel Ferrari (DC), o Loira. O secretário de Saúde seria indicado pelo ex-vice-prefeito Sandro Caprino, que teve o mandato cassado junto com o ex-prefeito Dixon de Carvalho. Já Ribeiro trabalhou nos governos de Dixon e de Edson Moura (MDB).

“Em reunião com o prefeito, secretário de Saúde, os advogados do Prefeito, e com o Sr. Sandro Caprino, pediram para que eu pudesse mudar o meu parecer, para que somente o documento fraudado fosse analisado. O Sr. Prefeito Loira, mesmo sabendo de tudo isso, achou por bem manter o Sr. Secretário de Saúde no cargo. Por não concordar em mudar o meu parecer e por não querer mais fazer parte dessa administração, pedi minha demissão na sexta-feira dia”, escreveu o ex-secretário de Administração.

Outras importantes revelações constam de uma nota pública divulgada à imprensa por Soares. No texto, ele realça a falta de gestão na Saúde. “Vi o hospital ficar em penúria, com imensas filas, cirurgias sendo desmarcadas, cidadãos politraumatizados sendo imobilizados for falta de próteses. Vi quatro centros cirúrgicos desativados. Vi pessoas com necessidade de medicamentos e ficar sem. Vi um secretário de Saúde criar plano A, B e C, onde o mesmo disse em reunião de secretariado que o Plano A era a OS (organização Social), o Plano B, era a OS (organização Social) e o plano C, era a Fundação. Tudo que vi foi a deterioração da Saúde de Paulínia, sem que o Secretário de Saúde fizesse algo. Falava que não tinha medicamento, descobriu-se caixas de medicamentos no CD – Centro de Distribuição da Prefeitura. Vi contratos de R$ 6.200.00,00, ou seja, seis milhões e duzentos mil reais, já contratados e sem autorização de fornecimento emitidas, ou seja, não autorizou o fornecimento”, acusou ele.

Como se pode ver, mais um município dilapidado por interesses de meia dúzia de empresários e gestores nada confiáveis.

Isso é terceirização. Isso é a bandalheira das organizações sociais entranhadas nos serviços públicos, em especial na saúde, onde há o agravante de vidas serem colocadas em risco.

 

 

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