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23/05/2019     nenhum comentário

Ratos e negligência nas UPAs terceirizadas do Rio de Janeiro

Problemas, em unidades do Estado, geridas por OSs, foram destaque na imprensa fluminense

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As UPAs do Rio de Janeiro são, em sua maioria, administradas de forma terceirizada, por organizações sociais (OSs). São entidades ditas do terceiro setor, que ganham milhões do poder público e prestam serviços mais do que questionáveis.

Na semana que passou dois exemplos repercutidos pela imprensa carioca comprovam o que dissemos acima. Ambos dizem respeito a unidades vinculadas à rede estadual, mas geridas por OSs.

Na UPA da Tijuca o inimaginável para uma unidade de saúde ocorreu. Ratos foram flagrados passeando tranquilos, à luz do dia, dentro da área da UPA.

O vídeo causou ojeriza nos telespectadores do telejornal da Rede Globo. Veja aqui.

O apresentador lembrou que se há ratos é porque há lixo e falta de higiene, o que é inadmissível em se tratando de um posto médico.

Já na UPA Ricardo de Albuquerque cenas dramáticas se desenrolaram após a morte de uma idosa. A família de Elza Hyppolito da Silva, de 75 anos, acusa a equipe de demorar para conseguir uma vaga de internação para tratar adequadamente a paciente.

Em desespero um dos filhos da vítima chegou a invadir a Unidade de Pronto-Atendimento com uma machadinha, acusando o serviço de descaso no encaminhamento do caso. Conforme reportagem do Jornal O Globo, a idosa sofreu um enfarte no dia 14 de maio, uma terça-feira. Daquele dia até domingo, dia 19, ela ficou internada na unidade de emergência. Cinco dias depois da entrada na unidade, ela não resistiu e morreu sem ter sido consultada por um cardiologista.

“Faltou a minha mãe ser transferida para um hospital de porte quando ela entrou. Isso não garantiria que ela estivesse viva, mas pelo menos ela passaria por um especialista. Se tivessem transferido ela assim que entrou, ela poderia ter sido salva. Porque depois piorou e nem poderia mais sair de lá de tão frágil que estava”, conta Antonio Carlos Hyppolito da Silva, de 55 anos.

Após receber a notícia da morte da mãe, o filho mais novo de Elza, Adriano da Silva, de 35 anos, teve um surto e invadiu a UPA com a machadinha. Ele foi preso. A família, que pagou a fiança e liberou o homem no mesmo dia, afirma que ele tem problemas psiquiátricos e se recusa tratamento. Adriano vai responder pelos crimes de dano ao patrimônio público e ameaça. Nenhum paciente ou profissional de saúde foi ferido, mas testemunhas relatam o pânico que tomou conta da unidade, que estava lotada.

 

“A gente não tem do que reclamar dos médicos. Mas ela precisava de um cardiologista e não de um clínico geral”, diz Antônio Carlos. “O único problema da UPA era a estrutura. Você pisava e parecia que ia abrir um buraco no chão. As paredes não pareciam firmes. E o ar-condicionado onde minha mãe ficou não estava funcionando direito. Ela reclamava muito do calor”.

A Secretaria estadual de Saúde alegou que a idosa chegou à unidade em estado muito grave e não tinha condições de transferência. A pasta admitiu o problema no ar-condicionado e afirmou que a organização social responsável pela unidade já apresentou um projeto para consertá-lo.

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