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04/12/2017     nenhum comentário

PS Central: acompanhantes dormem no chão enquanto FUABC fatura alto com a UPA terceirizada

Imagens foram enviadas ao Ataque aos Cofres Públicos por funcionários cansados de trabalhar sem as condições mínimas de trabalho

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A empresa que toma conta da UPA de Santos segue abocanhando cerca de R$ 1,6 milhão por mês dos cofres municipais. Já o prédio do antigo PS Central, que foi improvisadamente adaptado como Hospital de Pequeno Porte (HPP) para dar retaguarda à própria UPA, segue em frangalhos e sem qualquer investimento.

Imagens enviadas ao Ataque aos Cofres Públicos mostram o estado precário em que os acompanhantes de pacientes são submetidos. Nem mesmo cadeiras existem para essas pessoas, que ao passarem a noite na unidade, são obrigadas a dormir no chão, ao lado de seus parentes enfermos.

O caso está deixando munícipes e funcionários ainda mais indignados. A Prefeitura, por sua vez, finge não tomar conhecimento da situação.

Enquanto isso, na UPA os usuários reclamam do péssimo atendimento e da estrutura ruim para uma unidade inaugurada há menos de dois anos. Os pacientes que precisam de internação sofrem antes de serem encaminhados para o HPP. Quando lá chegam, relatam que a Fundação do ABC, gestora da unidade da Vila Mathias, não fornece sequer lençóis. Os funcionários terceirizados atuam em número reduzido e muitos são ríspidos. Os pacientes não contam com banho ou qualquer tipo de higienização na UPA terceirizada.

Os órgãos que deveriam fiscalizar o serviço caro e ineficiente da Fundação do ABC se calam, especialmente o Conselho Municipal de Saúde e os vereadores, que aprovaram a lei permitindo as Organizações Sociais em Santos.

Os mesmos também não são capazes de cobrar mais investimentos para manter as mínimas condições de atendimento no antigo PS, que virou um anexo de retaguarda à UPA. Ao mesmo tempo em que a FUABC recebeu R$ 34 milhões do Município nestes quase dois anos prestando um serviço horrível, o HPP tem feiro milagre para funcionar apesar do sucateamento imposto pelo atual governo.

O motivo dessas contradições é claro: Paulo Alexandre economiza nas unidades administradas diretamente e tocadas por servidores concursados, para sobrar dinheiro para as OSs e demais empresas amigas.

Lembramos que no último dia 13, o Tribunal de Contas notificou a Prefeitura a se explicar por conta de “impropriedades” na utilização de R$ 4.739.713,14 repassados à FUABC. O prazo para os esclarecimentos terminou no último dia 28.

O prefeito de Santos também deve uma explicação aos santistas, que trabalham duro para pagar seus impostos em dia e sofrem com o projeto tucano de desmantelamento dos serviços públicos para favorecer empresas.

 

Denunciar e lutar para a saúde melhorar

Os munícipes que precisarem denunciar os problemas de atendimento no Hospital dos Estivadores e na UPA Central de Santos têm o telefone 0800-770 7409 à disposição.

Como dissemos acima, enquanto os PSs e o Hospital da Zona Noroeste seguem sendo sucateados pelo Governo de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), as unidades geridas de forma terceirizada custam milhões. Dinheiro que sai do orçamento da Saúde e vai direto para a conta das Organizações Sociais (OSs), sem a devida fiscalização, com a omissão dos vereadores e do Conselho Municipal de Saúde.

As entidades, por sua vez, não estão oferecendo atendimento satisfatório. Na UPA além da demora absurda para atendimento, é recorrente a falta de itens como gesso, algodão, cobertor, cadeira de rodas e remédios básicos como dipirona e amoxicilina.

No HES a imprensa chegou a noticiar os casos de três gestantes traumatizadas com o serviço prestado na unidade. Uma foi enviada para casa com quadro de infecção urinária e 40 minutos depois teve a filha na escadaria do prédio em que mora.

Outra paciente teve um rolo de gaze esquecido dentro do corpo e sua bebê ficou com a clavícula quebrada, em decorrência do procedimento. Uma terceira mãe perdeu seu filho após demora para realização do parto. A criança teria tido parada cardíaca ainda na barriga.

O prefeito prometeu que a qualidade no serviço de Urgência e Emergência da cidade daria um salto de qualidade com as empresas contratadas assumindo. Não foi o que aconteceu. Por que será que o tucano ganhou apelido de Pinóquio?

Para lutar por uma saúde melhor, com investimentos sendo feitos de forma transparente e os serviços sendo geridos por servidores concursados sem rabo preso com governos, é preciso mostrar o que acontece todos os dias nos corredores destas duas unidades terceirizadas. Se você ou alguém de sua família tiver algum problema no atendimento, ligue e denuncie.

 

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