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17/05/2018     nenhum comentário

Projeto de iniciativa popular pede revogação da lei das OSs em Floripa

Sindicato que representa os servidores municipais da capital catarinense comandou uma greve de 30 dias contra a terceirização dos serviços públicos

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Os servidores públicos municipais de Florianópolis (SC) lutaram bravamente contra mais um grande ataque às políticas públicas e aos trabalhadores que fazem a máquina pública funcionar. Fizeram uma greve de grande envergadura para dizer Não às Organizações Sociais (OSs) na capital catarinense.

A greve terminou na última sexta-feira (11) depois de 30 dias de braços cruzados. De forma intransigente, a Câmara votou como mandou o Governo e aprovou o retrocesso. O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) conseguiu ao menos o atendimento em alguns pontos como reajuste salarial para a categoria, redução da multa aplicada ao Sintrasem e a garantia de reposição de dias tanto por servidores quanto por ACTs (Admitidos em Caráter Temporário).

Agora o Sintrasem lançou um projeto de iniciativa popular que pede a revogação do projeto que permite a contratação de Organizações Sociais para a gestão de serviços municipais em áreas como saúde e educação, por exemplo.

Apenas na última quarta-feira (10), mais de mil assinaturas foram colhidas. O projeto precisa alcançar 5% do eleitorado de Florianópolis para que possa tramitar dentro da Câmara de Vereadores, o que equivale a pelo menos 17.015 assinaturas, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral.

“Vamos fazer o debate sobre as Organizações Sociais e os conchavos de Gean e seus vereadores em cada canto dessa cidade. Queremos que toda à população tenha conhecimento do desmonte do serviço público feito pelo prefeito e da falta de diálogo dos vereadores”, diz comunicação do Sintrasem em sua fanpage.

Abaixo o resumo elaborado pelo Jornal de Floripa sobre o movimento dos servidores e a luta contra as OSs.

Breve histórico

O projeto de lei foi enviado pela prefeitura no dia 6 de abril em caráter de urgência – deveria ser votado em Plenário em até 45 dias. No dia 17 de abril, um requerimento enviado pelo vereador Roberto Katumi e assinado por mais 15 parlamentares alterou o modelo de tramitação e a matéria passou a ser de urgência urgentíssima.

No dia seguinte, para acatar recomendações de alterações feitas pelo MPSC, a prefeitura enviou um substitutivo global à matéria. Por 16 votos favoráveis e seis contrários, o projeto foi aprovado no dia 21 de abril em sessão extraordinária, no feriado de Tiradentes. A sanção ocorreu no dia 25 de abril.

Segundo informações da assessoria de comunicação da prefeitura, as construções de oito creches devem ficar prontas até o início de 2019. Quanto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Continente, com a aprovação do “Creche e Saúde Já”, o município pretende abri-la ainda neste ano de 2018.

Desde o início o Sintrasem se colocou contra o projeto pois se tratar de uma tentativa de precarização e privatização dos serviços públicos, visto que as organizações são similares a empresas que fariam a gestão das unidades e contratariam funcionários sem necessidade de concurso público.

Quem quiser fazer apoiar a iniciativa, pode baixar os formulários que estão disponíveis neste link (https://goo.gl/4ye1cr).

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