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15/03/2019     nenhum comentário

Pró-Vida ou Pró-Morte? Mais um caso suspeito de negligência em UPA terceirizada

Segundo familiares da criança, médicos e enfermeiras do antigo PAM Rodoviária, em Guarujá, gerido pela OS, foram negligentes em relação ao atendimento.

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Não queremos mais alimentar as estatísticas de mortes das unidades de pronto-atendimento da Baixada Santista, terceirizadas para organizações sociais!

As UPAs geridas por OSs, que por sua vez contratam firmas duvidosas de serviços médicos (quarteirização de força de trabalho precarizada) ou aparelham as unidades de profissionais ligados à política local estão matando a população mais vulnerável.

As denúncias de atendimentos marcados por indícios de erros, negligência e ineficiência em serviços administrados por esse modelo de gestão calcado na ótica do lucro são quase que diárias.

Abaixo, mais uma delas, publicada pelo site G1. Envolve a UPA Médico Dr. Matheus Santa Maria, o antigo PAM da Rodoviária, em Guarujá. A unidade é administrada pela OS Pró-Vida (ou seria Pró-Morte?), em Guarujá. A mesma que está dando calote em funcionários das Unidades de Saúde da Família, no mesmo município.

A mesma OS imbricada em vários outros contratos problemáticos de gestão em outras cidades.

Bebê de dois meses morre e família acusa hospital de negligência em SP

Segundo familiares da criança, médicos e enfermeiras foram negligentes em relação ao atendimento. A organização responsável pela unidade informou que apura o que aconteceu.

Um bebê de apenas dois meses morreu por conta de uma suposta negligência médica de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Guarujá, no litoral de São Paulo. A organização responsável pela unidade informou, nesta sexta-feira (15), que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.

A criança deu entrada na unidade durante a noite de terça-feira (12) e morreu na manhã de quarta-feira (13), após um quadro de infecção urinária se agravar. De acordo com Fabiana Oliveira, tia de Cléo Martins, a mãe da criança foi para a UPA Médico Dr. Matheus Santa Maria, o PAM da Rodoviária, localizada na Avenida Santos Dumont, no bairro Sítio Paecara, durante três dias seguidos e recebeu as mesmas orientações.

Segundo ela, os médicos afirmaram que o bebê estava com cólicas e que alguns remédios resolveriam o problema. Entretanto, Cléo continuou chorando muito e, na terça-feira, a mãe foi informada de que a criança precisava passar por exames de urina e radiografia. As análises foram feitas, mas ela não recebeu os resultados.

“Minha irmã voltou ao hospital durante a madrugada, porque a minha sobrinha não estava aguentando de dor. Eles acabaram dando um remédio na coxa dela sem ao menos saberem o que estava acontecendo e a deixaram em uma cama de repouso por várias horas”, conta Fabiana.

Além de toda a espera, a tia da criança conta que uma moça que estava na UPA tentou pedir ajuda para as enfermeiras. “Ela ainda tentou ajudar e recebeu um ‘para de show, Xuxa’ de uma das enfermeiras. É uma situação revoltante. Essas pessoas fazem um juramento para salvar vidas, mas acabaram contribuindo para uma morte. Às vezes acho que só querem estar com um jaleco para terem um status”, lamenta.

Cléo tinha dois meses de vida e morreu por conta de um quadro de infecção urinária que se agravou em Guarujá, SP — Foto: Fabiana Oliveira/Arquivo pessoal Cléo tinha dois meses de vida e morreu por conta de um quadro de infecção urinária que se agravou em Guarujá, SP — Foto: Fabiana Oliveira/Arquivo pessoal
Cléo tinha dois meses de vida e morreu por conta de um quadro de infecção urinária que se agravou em Guarujá, SP — Foto: Fabiana Oliveira/Arquivo pessoal
Ao serem chamadas para o atendimento, Fabiana diz que, por volta das 6h15, o bebê estava pálido, sem chorar mais. Nesse momento, os médicos colocaram duas mangueiras de oxigênio em Cléo e a levaram para a sala de emergência, onde depois de cerca de uma hora informaram os familiares que o bebê havia morrido por conta de uma infecção urinária.

Ao G1, a Organização Social Pró-Vida, que administra o PAM Rodoviária, em Guarujá, informou, por nota, que lamenta o ocorrido e que está abrindo uma sindicância para esclarecer as causas do falecimento do bebê de dois meses.

“A Pró-Vida vem a público comunicar que está abrindo uma sindicância para apurar as causas do falecimento de um bebê, de dois meses de idade, apresentando um quadro de infecção urinária, segundo a equipe médica. Neste momento de luto, a Pró-Vida se solidariza e presta condolências à família”.

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