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06/12/2019     nenhum comentário

Prefeitura de SP pagou R$ 28 milhões a organização social para gerir UPA que segue em obras

UPA e Hospital só devem ser inaugurados a partir de março

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Reportagem do Jornal Agora mostra que tem organização social da saúde recebendo repasses sem prestar os serviços contratados para a população paulistana.

De acordo com a reportagem, publicada nesta sexta (6), a Congregação Santa Catarina, contratada para gerir um hospital e uma UPA em Santo Amaro, na Zona Sul, já embolsou R$ 28 milhões e deveria estar em plena operação desde o início do mês.

No entanto, o prédio onde o serviço será oferecido sequer teve a construção finalizada.

Além da gestão, as obras também são da organização social. O edifício, de 13 andares, está localizado na rua Adolfo Pinheiro. Veja o que diz a matéria:

“A reportagem esteve no local nesta quinta-feira (5), e verificou que o prédio
ainda está em obras, principalmente no interior. A colocação de piso, divisórias, parte elétrica, pintura e a instalação de ar-condicionado não começaram. Segundo alguns trabalhadores do local, a obra não deverá terminar antes de março de 2020, na previsão mais otimista.

Um aditivo de contrato, assinado pela gestão Bruno Covas (PSDB) e pela organização social, em 5 de setembro, aponta que repasses para custeio devem ser feitos desde aquele mês até o fim do ano, que somam R$ 25,4 milhões. Outros R$ 2,6 milhões deveriam ter sido pagos em outubro para
investimento e equipamentos.”

A previsão é que o Hospital Integrado tenha ambulatório com especialidades médicas, além de estrutura para realização de exames, como endoscopia, mamografia, tomografia, raio-X e ultrassom.

Mais casos
A Prefeitura de São Paulo antecipou outros pagamentos a unidades médicas ou serviços antes de suas inaugurações neste ano.

Em agosto, uma organização social recebeu R$ 3,4 milhões para despesas da Unidade de Pronto Atendimento Tito Lopes, em São Miguel (zona leste), que só foi aberta no mês seguinte.

Em setembro, o Agora mostrou que a prefeitura repassou R$ 644 mil para o gerenciamento de uma unidade do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) Mental, em Sapopemba (zona leste), mas o serviço também não estava sendo prestado.

A gestão Bruno Covas também desistiu de implantar uma unidade do Cecco (Centro de Convivência e Cooperativa), no centro da capital paulista. A exclusão do serviço foi autorizada somente em 1° de novembro, pela Coordenadoria Regional de Saúde Centro, mas dois meses antes o município havia sido repassado R$ 81.654,92 para a instalação da unidade.

Em novembro, cerca de R$ 232 mil foram repassados para um serviço voltado a idosos no Butantã (zona oeste), que não funcionava.

O que o governo diz
A Secretaria Municipal da Saúde, sob gestão Bruno Covas (PSDB), diz que o valor citado pela reportagem refere-se a uma estimativa do custeio da unidade integrada, que inclui a nova UPA Santo Amaro, leitos ambulatoriais e hospitalares por de três meses.

A gestão Bruno Covas (PSDB) confirma que a obra estava prevista para entrega em dezembro, mas diz que o imóvel disponibilizado passa por adaptações “para atender às necessidades específicas do serviços que serão prestados no local”.

A nota diz uma comissão de acompanhamento, formada por profissionais da OS Santa Catarina, prefeitura e dono do imóvel, vai discutir um novo cronograma. “Não há necessidade de novos investimentos, já que, por contrato, os custos das adaptações ocorrem por conta do proprietário do
imóvel”, afirma.

A organização social não respondeu aos questionamentos da reportagem.

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