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O.S. em Santos NÃO!
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26/09/2016     nenhum comentário

Paulo Schiff é contrário às OSs; Paulo Alexandre ignora eleitor

O candidato do PDT explica porque considera que OSs não são positias para a administração pública; assessoria do prefeito e candidato à reeleição, Paulo Alexandre, informou que ele só participaria se a entrevista fosse por escrito, sem contato presencial com o Ataque aos Cofres Públicos.

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Na última rodada de entrevistas sobre o que pensam os candidatos à Prefeitura de Santos diante da política de terceirização e privatização implantada na atual administração, teríamos Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e Paulo Schiff (PDT) respondendo perguntas.

Porém, o prefeito e responsável pelo tal Programa de Publicização, que já registra problemas na UPA Central, se omitiu do debate. Sua assessoria de imprensa afirmou que o candidato só aceitaria responder os questionamentos por escrito, sem entrevista presencial registrada em vídeo. Não achamos justo com os demais candidatos, que de cara limpa expuseram suas ideias, e insistimos no formato igual para todos. Irredutível, a equipe do prefeito não concordou.

Resultado: Paulo Alexandre Barbosa se esquivou. Por que o político que introduziu em Santos o modelo de gestão que vem causando estragos em todo o Brasil não quis falar sobre o assunto? Não teria argumentos suficientes para defender sua política?

Confira abaixo a última entrevista da série, com o jornalista Paulo Schiff (PDT). O vídeo com o material completo será publicado em breve na página no Ataque no Facebook e também aqui no site, na seção vídeos.

 

PAULO SCHIFF

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Se eleito, dará continuidade à política de terceirização para OSs?

Eu pretendo não dar continuidade às OSs. No rádio eu me posicionei de uma maneira interessante. O programa Jornal Litoral passou a ser interativo e receber as reclamações dos ouvintes por causa do transporte coletivo. Uma reflexão me mostrou que a mentalidade de lucro da empresa que presta o serviço não combina com o desejo de qualidade e rapidez do usuário. Em vez de passar dois ônibus com intervalo de 15 minutos e pegar 40 pessoas que vão sentadas, para o dono da empresa é muito mais cômodo colocar um ônibus em cada meia hora, onde vão 80 pessoas. Ele tem um custo só para a mesma receita. Essa é uma maneira fácil de entender porque que não devem ser terceirizados alguns serviços públicos.

Tem a intenção revogar a legislação que permite as OSs e a terceirização dos serviços municipais?

Eu acho que essa questão precisa ser melhor discutida, melhor pensada. Realmente, a tramitação da lei foi inadequada, muito rápida. Existe uma mentalidade no Brasil que a terceirização pode ser uma solução em função da ineficiência do poder público na prestação de alguns serviços. Eu me vejo rediscutindo essa questão, sim, porque as OSs muitas vezes são usadas – e essa é a experiência que a gente vê disseminada no Brasil hoje – para driblar a lei. O ingresso no serviço público é só com concurso e com OS o governante pode indicar quem ele quer. A gente precisa conscientizar a população de que o rigor no concurso público, o plano de carreira, incentivo ao trabalho correto e ao mérito na prestação do serviço é importante para que se atinja com ele a qualidade que a população reclama.

Não está descartada então a revogação do Programa de Publicização?

Não está descartada. Eu, conceitualmente, não acredito que as OSs possam substituir o serviço público porque a mentalidade de lucro não combina com a qualidade que a população exige. A prática mostra a utilização da OS para driblar a exigência de concurso público. Tem OSs que não têm lastro financeiro para cobrir encargos trabalhistas futuros e acaba o tiro se virando contra o contratante, que é o poder público.

Caso eleito, como fiscalizaria de perto as OSs com contratos ainda vigentes?

A fiscalização é a solução para essa questão. Uma fiscalização eficiente produz resultados tanto na OS quanto na prestação de serviço pelo próprio poder público. A experiência das OSs é negativa não só em Cubatão. Meu companheiro de chapa, Evaldo Stanislau, apontou problemas na UPA. e nas OSs que prestam serviços de pediatria. O médico, para ser pediatra, tem que passar por uma especialização de dois anos, mas a OS contratada coloca como pediatra médicos formados em 2015. Como ele pode ser pediatra se não passou pela especialização de dois anos ou não tem período de prática exigido para pegar o título de especialização? Isso mostra não só um contrato como uma fiscalização deficiente. Tem contratos em vigor que devem ser cumpridos mas que devem ser revistos. Um pediatra é um pediatra.

O governo diz que está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e as OSs vieram para contratar gente sem aumentar a folha de pagamento. O sr vai fazer concurso se eleito?

Não dá para responder de maneira simplista. No caso da saúde, o município arca com 28% a 19% do orçamento, reclama de concentrar atendimento hospitalar da região e depois, com essa reclamação, reforma um hospital que claramente não cabe no orçamento da cidade se for administrado com funcionários públicos. Isso leva ou à estadualização ou a OS. Só que se for para a estadualização, por que não estadualizar o Crei de São Vicente, que desafogaria o sistema de Santos? Por que não estadualizar o Hospital de Cubatão, que é mantido só pela Prefeitura, sem ajuda do Estado? Os serviços estão mal organizados. É preciso aumentar o PSF para desafogar a urgência, ter mais atendimento ambulatorial, consultas e exames mais rápidos. OS é uma solução torta. Não cabe um hospital no serviço público então contrata uma OS e ele passa a caber?

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