Paciente espera 13 horas para ser atendido em UPA gerida pela FUABC
Situação relatada por um munícipe de São Bernardo do Campo ocorreu nesta segunda (11)
Indignado com uma espera por atendimento de 13 horas, um munícipe de São Bernardo do Campo resolveu relatar o martírio sofrido com seu filho na UPA Dias Alves, administrada pela Fundação do ABC.
O desabafo repercutiu na imprensa local. Um dos sites que destacou a história foi o ABCD Maior, Segundo a página, o pastor Mauro Gonçalves ficou 13 horas à espera até que seu filho, diabético, passasse pelo médico do segundo plantão do dia, isso por volta das 21h de ontem.
Um vídeo de como estava a UPA Alves Dias foi gravado por um usuário:
A cidade de São Bernardo é governada por Orlando Morando (PSDB). Ele tem recebido críticas por manter e aprofundar o modelo de terceirização da saúde via OSs. A rede hospitalar da cidade é administrada pela FUABC, bem como a rede e urgência e emergência.
Para a população ano a ano o desmonte da rede tem aumentado. “Em seu depoimento emocionado e com a voz embargada, Gonçalves, que é morador do bairro Fei Mizuho, relatou sua angústia e como estava se sentido com tamanha falta de humanidade na Unidade de Pronto Atendimento do Alves Dias.
‘Não dão nenhuma satisfação e a gente fica sem saber que horas vamos ser atendidos. As imagens e vídeos mostram o quanto tem gente precisando de atendimento, mas definitivamente a saúde em São Bernardo não funciona. O atual prefeito fez muitas promessas, mas a realidade é de calamidade’, afirmou Gonçalves.
A publicação critica que UBSs e UPAs mal têm funcionários para atende e que pacientes reclamam que em diversas unidades enfermeiros fazem o papel de médicos.
As imagens registradas mostram uma UPA completamente lotada, com crianças e idosos sem ter onde sentar e muita gente acomodada no chão. Aproximadamente 200 pessoas esperavam por consulta com um único médico que estava tde plantão na unidade.
Gonçalves só conseguiu que o filho fosse atendido por volta das 21h de ontem pelo médico do plantão noturno. Desempregado, ele disse que não conseguiu manter o plano de saúde particular. “Meu filho tem diabete tipo 1 e quando o nível de glicose sobe, ele precisa tomar soro até baixar. Hoje (ontem) vi o que as pessoas passam ao procurar atendimento médico na rede pública”, afirmou.
Ele ainda contou que não havia cadeiras para todos e que muitas crianças e idosos tiveram de ficar horas de pé aguardando assistência.
A via-crúcis de Gonçalves não terminou após 13 horas de espera. Ele terá de voltar à UPA Alves Dias nesta terça-feira (12), às 8h, para pegar os resultados dos exames do filho. “O pior é que vou ter que passar por troca de turno médico novamente para que o resultado do exame de urina possa ser analisado. Isso significa horas e horas de mais espera!”