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10/10/2017     nenhum comentário

OSs no Rio: irregularidades em vistorias são constatadas em três hospitais terceirizados

Falta de medicamentos, falta de profissionais e superlotação foram constatados pelo Cremerj.

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Três grandes hospitais da prefeitura carioca, gerenciados por organizações sociais foram alvos de vistorias da Comissão de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj), no último mês, e adivinhem: várias irregularidades foram encontradas.

Na lista estão problemas como superlotação, falta de medicamentos e déficit de profissionais de saúde nos hospitais Albert Schweitzer, em Realengo (gerenciado pela Cruz Vermelha), Rocha Faria, em Campo Grande (administrado pela IABAS), e Evandro Freire, na Ilha do Governador (comandado pela OS Cejam).

Dados do relatório elaborado pelo Cremerj foram publicados na imprensa fluminense. Segundo o documento, o pior cenário foi encontrado no Rocha Faria, fiscalizado em 22 de setembro. Os conselheiros constataram a diminuição da equipe, motivada pelo rebaixamento salarial dos profissionais, além de superlotação nas salas vermelha e amarela, que atendem respectivamente casos de emergência e de urgência.

O relatório alerta, com a classificação de “preocupante”, para o déficit de ambulâncias e medicamentos, como dipirona, hidrocortizona (que trata crise asmática grave) – diurético para casos de hipertensão.

Problemas severos também no  Albert Schweitzer, vistoriado em 20 de setembro, onde o fechamento de 20 leitos na UTI e de três leitos da unidade semi-intensiva dificulta a realização de neurocirurgias. A visita técnica também apontou que o CTI foi fechado e que há superlotação na emergência. Na data em que ocorreu a fiscalização, a sala amarela, com capacidade para dez leitos, tinha 25 pacientes internados. Já na sala vermelha, com 14 vagas, havia 17 doentes. Devido à sobrecarga de pacientes, o número de transferências vem crescendo, chegando a 2.700 por mês.

No terceiro hospital terceirizado, o Evandro Freire, vistoriado em 18 de setembro, o Conselho constatou quantidade de recursos humanos nas equipes de enfermagem, de limpeza e de segurança, abaixo do adequado. A unidade também sofre com redução de leitos, o que fez subir para mais 2 mil por mês o número de transferências, estoque de medicamentos escasso e demora na realização de exames, como cateterismo. Como se não bastasse, o atraso salarial dos funcionários é rotina.

Lembrando que a OS IABAS também está sendo investigada em São Paulo por pagamentos indevidos e outras irregularidades. Veja aqui.

A alegação das OSs é que a Secretaria municipal de Saúde não repassa 100% do dinheiro destinado às unidades municipais. A Prefeitura, o entanto, tem dito que os repasses estão sendo cumpridos conforme acordo de cronograma firmado com as empresas.

Como sempre, esquecem de dizer que a terceirização via OSs, usada como forma de burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal e o concurso público. são mais caras e menos eficientes do que a administração direta. Com anos a fio de desfalques no caixa da saúde e agora com a crise financeira pela qual passa o Estado, o caos era previsto. Mas ele foi alertado antes que a bomba estourasse. O mais absurdo é que diante desse diganóstico mais do que manjado, a cidade do Rio, o estado do Rio e centenas de prefeituras e estados continuam apostando nesse modelo de gestão falido, mais caro e corrupto.

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