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07/02/2020     nenhum comentário

OSs fraudulentas na educação: crianças de 58 creches de SP ficam sem aulas

Em janeiro, as irregularidades das entidades responsáveis por 58 creches da gestão Bruno Covas levou ao fechamento das unidades e início das aulas vai atrasar

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Neste início de ano letivo na capital paulista a terceirização na educação mostra a que veio. E seus prejuízos começam a ser sentidos justamente na Educação Infantil.

Como mostra a imprensa paulista nesta sexta (7), enquanto a rede municipal de educação já está em pleno vapor, crianças matriculadas em creches conveniadas com a Prefeitura de São Paulo estão sem aulas. E não há previsão de quando ela começam a frequentar as unidades.

Conforme mostrou o G1, quatro creches das regiões do Grajaú e Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, estavam fechadas nesta quinta-feira (6), segundo dia de aulas na rede municipal de ensino, devido a um atraso da Prefeitura de São Paulo na substituição de Organizações Sociais (OSs) que administravam as unidades e que são suspeitas de fraudes.

As mães de alunos matriculados no Centro de Educação Infantil (CEI) Angelina, no Grajaú, estão sem saber o que fazer com as crianças. No portão, a orientação é ir para o CEI São Francisco.

“Informaram que perderam o convênio e estavam fazendo parceria com outra creche, que eles estavam só esperando o processo de documentação. Só que não tem data prevista, pode ser 20, 30 dias, eles não deram uma data correta pra gente”, disse Denise Tavares de Oliveira, mãe de um aluno.

Segundo a Secretaria Municipal da Educação, o termo de colaboração firmado com a associação Nosso Caminho, que administra o CEI Angelina, foi cancelado. A pasta está exigindo que a OS apresente a prestação de contas. Outras três creches administradas pela mesma associação também estão fechadas: CEI Maria Vitória, no, Jardim Reimberg, região do Grajaú; CEI Miguel Antônio, no Jardim Shangrilá, também região do Grajaú e CEI Sete Marias, em Parelheiros.

Ainda conforme a reportagem do portal de notícias, tem outras OSs com suspeitas de fraudes na Educação. Levantamento da própria Prefeitura identificou irregularidades em 25 Organizações da Rede Parceira, que recebem dinheiro do município para administrar Centros de Educação Infantil. Ao todo, entidades responsáveis por 58 creches foram descredenciadas.

Entre as irregularidades apontadas estão fraude na prestação de contas, falsificação de guias,
falsificação de autenticação bancária e falta de repasse de direitos trabalhistas aos professores.

O problema é que, ao invés de mudar o modelo de gestão que favorece a falta de transparência e as fraudes, a Secretaria Municipal de Educação pretende apenas substituir as OSs ainda neste ano letivo. Vai ser aquela correria para colocar outras entidades no lugar e os mesmo problemas se repetirão mais adiante.

Veja abaixo, mais trechos da reportagem, que pode ser lida na íntegra aqui

“Nós substituímos as mantenedoras em 58 creches. Em 54 essa substituição se deu ainda no período de férias e em 4 delas, que são essas 4, a gente teve dificuldades na substituição, fato que a gente está corrigindo agora nos próximos dias”, disse Bruno Caetano, secretário municipal de Educação.

A menos de 50 metros de distância da creche Angelina, no entanto, um grupo de mães de alunos do CEI Alvorada, que não aparece na lista do secretário, estava indignado porque também estava fechado.

“Prometeram que iam reformar a creche e que ela ia reabrir, mas não tinha uma data prevista pra reabrir”, disse a mãe Gracy Diniz Alves.

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