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31/07/2019     nenhum comentário

OSs e os Crimes: preso pecuarista suspeito de lavar dinheiro

Prisão ocorreu durante 6ª fase da Maus Caminhos, operação que desvelou um esquema criminoso de altas proporções na terceirização da saúde do Amazonas

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Foi preso um pecuarista nesta terça (30), como resultado das investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal, que apuram desvios de cerca de R$ 20 milhões em esquema entre a Organização Social (OS) Instituto Novos Caminhos (INC) e empresa G.H. Macário Bento,

A Polícia Federal prendeu não só o pecuarista José Lopes, como também o empresário Gustavo Macário Bento e a assessora Edite Hosada. Trata-se da 6ª fase da Operação Maus Caminhos, denominada “Eminência Parda”. A investigação apura crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Conforme as constatações dos órgãos investigativos, o médico e empresário Mouhamad Moustafá, dono da OS INC, repassava grandes quantias em espécie ao pecuarista. Eles moravam no mesmo condomínio, o que facilitava o contato. Foram realizados 20 encontros e em cada um deles eram entregues cerca de R$ 1 milhão, de acordo com o delegado de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Federal, Max Ribeiro.

“Essa operação possui relação com a Maus Caminhos e o desvio de verbas da saúde e lavagem de dinheiro. Parte desses recursos eram repassados diretamente pelo gestor da organização social que geria algumas unidades de saúde do Estado e ele repassava esses valores para esse pecuarista para que através das empresas dele simulasse que esse valor teria sido recebido em razão do negócio”, disse.

O pecuarista teria uma empresa que foi inserida como prestadora de serviço ao INC que também recebia pelos serviços prestados, mas a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou pagamentos por serviços não prestados ou serviços com valores superfaturados.

Busca e apreensão

Durante a operação foram apreendidos documentos, mídias de armazenamento de dados, veículos de luxo e valores que totalizam R$ 79 mil somando uma quantia em cada uma das três residências que sofreram mandado de busca e apreensão.

Segundo o delegado responsável pela operação Maus Caminhos, Alexandre Teixeira, a empresa possui contrato com outros órgãos públicos, e já existe uma investigação sobre todo o material apreendido.

“A empresa detém outros contratos, mas a PF busca provas para esclarecer os fatos e objetos adquiridos com o proveito do crime praticado. Houve desvio de valores e recursos públicos da União e a atividade desse grupo promoveu a lavagem de dinheiro. A PF busca reaver parte dos bens comprados com recursos ilícitos”, destacou.

Conhecido como o Rei do gado, José Lopes foi preso em Boca do Acre. E levado a Rio Branco para exame de corpo delito. Indagado porque estava sendo preso disse que não sabia o motivo. Perguntado se queria dar alguma declaração, respondeu: “Não sei nada. Não me falaram nada. Só sei que estou preso”.

No dia 19 de julho, na quinta fase da Maus Caminhos, a Polícia Federal prendeu nove pessoas, entre elas a ex-primeira-dama do Estado Nejmi Aziz e três irmãos do senador Omar Aziz, que já foram soltos. O parlamentar, no dia 23 deste mês, prestou depoimento na sede da PF.

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