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10/10/2017     nenhum comentário

OS recebe em dia, não paga salários e funcionários fazem greve

Greve no Hospital Ouro Verde, em Campinas, entra no segundo dia e cancela cirurgias eletivas. E Prefeitura ainda diz que vai antecipar verba para a empresa sair do vermelho!

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Quem explica? Organizações Sociais não são instrumentos de gestores modernos para profissionalizar a gestão pública? Se as organizações recebem milhões previstos em contratos e não desempenham suas funções, não pagam funcionários, não prestam o serviço adequadamente, por que os governos insistem em terceirizar?

No fundo eles sabem que o sistema não dá certo, que pode funcionar por um ano, mas que logo depois a bomba estoura. Mas eles adotam a alternativa mesmo assim, porque precisam desse subterfúgio para diminuir gastos com folha de pagamento, adular empresas amigas, criar seus currais eleitorais e, em muitos casos, desviar recursos.

Só tendo entendendo isso para  compreender o que ocorre em muitos hospitais que estão se desmantelando sob a égide da terceirização.

Um deles é o Hospital Ouro Verde, em Campinas. Equipamento municipal, na mão da OS Vitale. A OS está recebendo rigorosamente em dia e deixou de pagar os salários dos funcionários. Eles então entraram em greve (cerca de 300) e as cirurgias eletivas já estão suspensas até que a empresa volte a honrar seu compromisso.

E onde está este dinheiro, que é público, portanto sai do bolso de todos os munícipes?

E há quem ainda discorde quando se diz que terceirização é sinônimo de precarização das relações de trabalho.

Em matéria do G1 consta que a greve no Hospital Ouro Verde é uma maneira dos trabalhadores pressionarem para terem minimamente seus direitos assegurados. E a pressão acabou por fazer com que a Prefeitura providencie um aporte de mais R$ 3 milhões à OS. Segundo o Executivo, o dinheiro depois vai ser descontado dos próximos três anos e meio de contrato. Só o que faltava! Além de terceirizar e transferir milhões da saúde pública para uma OS claramente duvidosa (visto que não tem solvência financeira), a Prefeitura está emprestando dinheiro  a juros zero ao antecipar parte das parcelas vindouras sem que os serviços tenham sido efetivamente prestados.

Um escárnio!

Além dos salários atrasados, os funcionários reivindicam o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias, e pagamentos dos direitos trabalhistas de funcionários já demitidos. Eles correm o risco de serem caloteados. De novo: tem gente que acha exagero dizer que terceirização é o mesmo que precarização das relações de trabalho!

A Prefeitura de Campinas disse, em nota oficial, que está acompanhando a greve dos funcionários do Ouro Verde e vai cobrar a Vitale para que seja garantido o atendimento à população.

“Vale reforçar que os repasses previstos no contrato entre a Prefeitura e a Vitale já foram pagos dentro do mês de vigência e estão rigorosamente em dia”, afirma o texto da nota do Executivo.

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