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11/04/2018     nenhum comentário

OS Plural mantinha plantões fantasmas em Hospital de Americana, diz ex-funcionário

Segundo depoimento prestado à CEI que investiga as OSs, a empresa inventava plantões para lucrar com contrato de gestão

hospitaltebaldi

Os munícipes de Americana, no interior paulista, ficaram sabendo que os problemas no atendimento de urgência e emergência na saúde local podem decorrer de ilícitos cometidos pela organização social Plural, contratada pelo Município para gerir o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi.

Isso porque em depoimento voluntário, o médico Luciano Braga, na manhã desta terça-feira (10), à CEI da Saúde,  fez uma acusação que atinge diretamente a OS. Segundo ele, a empresa responsável por contratar médicos para o Hospital Municipal nos anos de 2016 e 2017 produzia “escalas fantasmas” para obter o pagamento de plantões não realizados e cujo dinheiro cobria outros custos da Plural com médicos. O caso, inclusive, estaria sob investigação do Ministério Público, conforme noticiou o Portal Todo Dia.

A CEI constituída pela Câmara de Vereadores visa para investir possíveis irregularidades na gestão do Hospital.

O médico relatou a irregularidade detalhando que funcionários da Plural eram orientados por Olavo Tarricone, homem forte da organização social, a escalar médicos em dias em que não haviam trabalhado como forma de receber do Poder Público e pagá-los por plantões nos quais foram responsáveis por dois tipos de especialidades.

“Se numa terça-feira eu não estava trabalhando, mas na quarta exercia duas funções, colocavam como se eu estivesse na terça também”, relata em depoimento gravado pelos vereadores. De acordo com Braga, isso aconteceu em várias oportunidades nas quais ele e outros colegas cobriram furos da escala. “Chegava o fim do mês, eu conferia o número de plantões e o valor recebido e estava tudo certo”, conta.

Ministério Público

Braga também depôs no Ministério Público e diz ter relatado exatamente o mesmo. Contou que assinava os comprovantes da maneira como era orientado por Tarricone. “Ele deliberadamente usava dessa artimanha, inclusive nos envolvendo”, acusa. Braga relatou ainda que no mês de dezembro de 2016 trabalhou sozinho no HM e, inclusive, teria recebido elogios públicos de Tarricone.

Mas, em março, depois de sair em férias, foi informado por telefone que não fazia mais parte da Plural. Segundo o médico, nenhuma justificativa foi apresentada. Disse ter ficado sem receber o correspondente aos meses de dezembro de 2016 e janeiro e fevereiro de 2017. “Simplesmente, fiquei sem nada. Ouvi dizer que teria cometido uma irregularidade, mas nunca fui chamado para explicarem o que aconteceu”, diz.

Braga confirmou que havia prática de quarteirização de médicos. Em resposta ao vereador Gualter Amado (PR) ele relatou ter emprestado seu CNPJ a colegas para receberem pelo trabalho do mês. Para ele a  prática não traz nenhuma irregularidade.

Nem a Prefeitura e nem Tarricone responderam aos questionamentos do jornal sobre as acusações de Braga.

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