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11/10/2018     nenhum comentário

OS não paga salários e funcionários do hospital entram em greve

Trabalhadores estão com pagamentos atrasados há dois meses e 30 leitos já foram fechados na unidade.

ilha-gov

Nesta quarta-feira (10), funcionários do Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, Zona Norte carioca, decidiram entrar em greve para protestar contra más condições de trabalho e falta de pagamentos.

Muitos dizem que ainda não receberam os vencimentos referentes ao mês de agosto. O CTI estaria fechado, dizem funcionários ouvidos pelo jornal O Dia.

De acordo com sindicalistas,  só um terço dos funcionários terceirizados estão trabalhando. Há perspectivas de piora da situação e aumento da adesão ao movimento, caso os salários não sejam pagos e as condições de trabalho não melhorem.

Segundo apurou a imprensa local, dezenas de pacientes à espera de tratamento estão sem leitos, e os que cansaram de esperar nos corredores pedem para ir embora. Para a Prefeitura, nada de mais. O Município alega que por ser um ambiente de portas abertas, pode acontecer de acabar operando acima da capacidade.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde comentou sobre os pagamentos devidos:

“Diante da crise fiscal e com as dificuldades financeiras, as secretarias municipais de Saúde e Fazenda trabalham juntas para buscar os recursos necessários para realizar os pagamentos que são feitos conforme a disponibilidade orçamentária e financeira do Tesouro Municipal. A Organização Social que administra o Hospital Municipal Evandro Freire recebeu repasse na manhã de hoje”.

Sabemos que há crise fiscal, sim. Mas sabemos também a responsabilidade que tem a sangria das OSs no Rio. Com contratos que somados ultrapassam bilhões, as entidades não são fiscalizadas. A cada hora um novo esquema de desvio e corrupção envolvendo OSs vem à tona, como foi o da OS Pró-Saúde. A estimativa é que mais de R$ 70 milhões teriam sido embolsados irregularmente só nesse caso.

O secretário municipal da Casa Civil, Paulo Messina, afirmou que a Prefeitura busca enxugar R$ 400 milhões no custeio com as Organizações Sociais (OSs). Será feita uma redistribuição de prioridades na atenção primária, com base no Índice de Desenvolvimento Social (IDS) dos bairros da cidade, apurado pelo Instituto Pereira Passos (IPP).

O caos se instalou, eles admitem que os contratos com as OSs tem uma “gordura” absurda para ser queimada, e só agora encontraram essa solução?

Ao que parece, a crise na saúde vai continuar, com redução dos serviços e manutenção, ainda que num grau menor, das OSs. “O redimensionamento da rede de saúde é colocar a rede do tamanho que a Prefeitura pode pagar, sem tirar assistência da população, mas cortando custos das OS”.

Cejam 

A OS que administra o Hospital Evandro Freire, chama-se Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam). A entidade já protagonizou polêmicas no noticiário sobre irregularidades no uso do dinheiro da Saúde.

Mostramos aqui no Ataque a repercussão do almoço de mais de R$ 1 mil e dos jantares dentro de uma boate na Lagoa, na Zona Sul do Rio, que foram pagos com dinheiro da Secretaria municipal de Saúde do Rio (SMS) pela Cejam aos seus diretores.

O mais absurdo é que mesmo diante das irregularidades apontadas pelo TCM, envolvendo mais de R$ 9 milhões, a administração municipal, ciente de todo o caso, renovou parte do contrato com a OS.

Clique aqui para ter mais detalhes.

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