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19/04/2017     nenhum comentário

Odebrecht: ONG foi usada para dinheiro de Caixa 2

Segundo delator, deputado estadual Fernando Capez teria pedido e recebido R$ 100 mil por meio de ONG. Dois ex-executivos disseram que repasse foi registrado no sistema de propinas da companhia.

capez

Depois de ter seu nome encrencado no caso da máfia da merenda deputado estadual de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, é citado nas delações de ex-executivos da Odebrecht.

Ele teria usado a ONG “C Tem que Saber C Tem que Curar” para receber R$ 100 mil em dinheiro através do caixa 2, durante campanha eleitoral de 2010.

A ONG se dedica a campanhas de prevenção contra a Hepatite C. Um dos delatores que apontam esse envolvimento foi Carlos Armando Paschoal, no acordo de delação premiada na Lava Jato.

A assessoria de imprensa do deputado nega as informações, classificadas como inverdades.

Conforme consta em reportagens de grandes veículos, Capez era patrono da entidade quando a ONG recebeu o dinheiro. De acordo com o delator, o tucano era conhecido pelo apelido de Brasília. O pagamento foi feito em três parcelas: de R$ 30 mil, R$ 20 mil e R$ 50 mil.

“Ele era o patrono, ele era o patrono da ONG. É uma ONG de São Manuel e essa ONG havia trabalhado comigo, feito um trabalho bastante interessante quando nós estávamos implantando a rodovia Dom Pedro, que a rodovia Dom Pedro aqui na região de Campinas tinha uma interface conflituosa com umas trinta prefeituras, desde Atibaia até Paulínia, passando por Campinas, Jundiaí e tal. E uma das ideias que nos ocorreu foi fazer um trabalho marcante em que melhorasse o nosso relacionamento com as sociedades locais, com os prefeitos e etc. Então fizemos essa campanha através da ONG”, disse Paschoal, em depoimento.

Depois da parceria, o delator contou ter sido procurado por Francisco Matucci, fundador da entidade. “A gente existe graças ao empenho e o esforço de algumas pessoas e uma dessas pessoas é o Fernando Capez, que é candidato e é candidato a reeleição”, disse Matucci ao delator, de acordo com o depoimento.

Os pagamentos foram feitos diretamente ao Matucci. “Eu tenho entendido que ele ajudava o candidato”.

A doação ficou registrada no sistema de informática utilizado pelo “setor de propina” da Odebrecht, o “Drousys”, segundo os delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Carlos Armando Guedes Paschoal disseram ao ministro Edson Fachin.

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