denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
24/08/2016     1 comentário

Novela continua: Justiça suspende transferência de gestão de hospital em Cubatão

Tribunal de Justiça suspendeu decisão em primeira instância e impasse está longe de terminar.

Hospital-Municipal-cubatao

Uma liminar (decisão provisória) foi concedida nesta terça-feira (23) pela Justiça e suspende decisão anterior que determinava intervenção do Estado no Hospital Municipal de Cubatão.

O Hospital, atualmente terceirizado para a Organização Social (OS) AHBB, sofre com falta de estrutura, atraso no pagamento de profissionais e está com atendimento restrito.

A pedido do Ministério Público Estadual, a juíza Suzana Pereira da Silva, da 4ª Vara de Cubatão, havia entendido que o caos no hospital é resultado não só da crise financeira, mas, também, da incompetência da atual entidade gestora e da Prefeitura. Por isso, determinou a intervenção do Estado, que recorreu e conseguiu nova decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) livrando o Governo Alckmin da responsabilidade.

O relator do processo apontou que “a decisão (de exigir a intervenção, constante na liminar do processo) é nula, em razão da ausência de prévio contraditório”, segundo alegação também do próprio Estado.

Terceirização e impasse devem continuar

Enquanto a briga judicial segue nos tribunais, a população continuará refém de um sistema perverso introjetado no SUS cubatense (e de vários outros municípios), que é a política de terceirização das gestões de unidades e programas para as Organizações Sociais. Enquanto perfeitos e governadores não entenderem (ou não deixarem de fingir que não entendem) que esse modelo não resolve os problemas da saúde pública, pelo contrário, só piora, a população continuará sofrendo nas filas e salas de espera.

OS que comanda o PS também é alvo de ação

A 4ª Promotora de Justiça de Cubatão, Larissa Motta Nunes Liger, responsável pela ação que pediu a intervenção do Estado no Hospital Municipal também é a autora de outra ação. Nela o Ministério Público pede o afastamento da OSS Revolução dos serviços municipais com o objetivo de “obrigar o município a assumir integralmente a gestão dos serviços de saúde e promover a regularização destes, adotando as medidas para a continuidade da prestação do serviço público essencial a fim de que, em 72 horas, haja número suficiente de profissionais médicos para atendimento da população e seja efetivamente verificada a formação de todos os médicos e outros profissionais da área de saúde que atuam nesses locais, observando diversas condições elencadas na ação”.

A promotora também requer que o Município instaure procedimento para a perda de qualificação da OSS Revolução por descumprimento de contrato.

A ação foi motivada pela contratação de médicos via aplicativo de whatsapp, no grupo “PS Cubatão” e conta com provas minuciosas, além de laudos de inspeção das unidades hospitalares, inclusive das ambulâncias. O caso ganhou repercussão nacional após uma reportagem especial da TV Record flagra o esquema. Na ocasião o promotor público Cássio Conserino chegou a classificar o tratamento à população como tratamento dado a gado.

Dentre outras providências, o Ministério Público requer a notificação do Conselho Regional de Medicina e do Conselho Municipal de Saúde. Ambos deverão acompanhar o desfecho do processo.

Comentários (1)

  1. Uilson Ferreira Indio disse:

    Falta de respeito não só com os funcionarios mas também com a população que depende do unico hospital publico da cidade.Sabemos que tudo isso que esta acontecendo é culpa da mal administração e incompetência dos governantes da cidade.Um hospital que já ganhou vários título de bom atendimento como melhor hospital publico da baixada santista.Hoje se todo sucateado onde as alas que deveria esta pronta para receber paciente só se acumula material sucateado.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *