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23/08/2016     nenhum comentário

No Caps 3 de Sorocaba funcionários estão sem salários e param atendimento

Contrato com OS venceu e ela deu o calote nos funcionários terceirizados do Caps e também das 15 residências terapêuticas.

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Funcionários terceirizados do Centro de Atenção Psicossocial 3, que fica na Vila Progresso, em Sorocaba, além de mais 15 residências terapêuticas (RTs) que são administradas pela Organização Social (OS) Instituto Moriah, não receberam o pagamento do salário referente a julho. Eles cruzaram os braços na tentativa de forçar o poder público e a empresa terceirizada a resolver o impasse, que é mais um exemplo do descaso para com a população que é obrigada a engolir um modelo de gestão capenga nas unidades de saúde.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e região (SinSaúde) informa que além da população, ao todo 109 funcionários estão sendo lesados. Segundo a entidade sindical, o contrato da Prefeitura de Sorocaba com o Moriah se encerrou na semana passada e no lugar dele entrou outra OS, a Associação Paulista de Gestão Pública (APGP), por meio de contrato emergencial.

Com essa gambiarra administrativa sem transparência, os funcionários não terão seus direitos trabalhistas prejudicados com a mudança e os salários, se forem pagos, serão por via judicial. Devido o impasse, os trabalhadores entraram em greve e mantém apenas 30% do efetivo em atividade.

Além da falta de salário, eles estão sem vale-transporte e os valores correspondentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não são depositados há um ano. Esse tipo de situação que fragiliza as relações de trabalho e, consequentemente, a qualidade do atendimento.

Essa é a tal da Publicização, nome que escamoteia o termo TERCEIRIZAÇÃO, que os prefeitos e os governadores insistem em dizer que moderniza e traz maior “resolutividade” ao atendimento público.

Mais calotes

Outros 272 trabalhadores do Hospital Vera Cruz, também gerido pela mesma OS em Sorocaba, não tiveram a quitação de seus direitos trabalhistas. Após acordo no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para receberem o FGTS e rescisão contratual que estavam atrasados em três parcelas, duas foram pagas e a terceira, que deveria ter sido depositada em junho está atrasada. O instituto Moriah já não atua na unidade, que também foi transferida para a Associação Paulista de Gestão Pública (APGP). Até o momento não ha previsão de quando os funcionários terão seus direitos quitados.

Santos retrocede

Como em Sorocaba, a população de Santos está caindo nesse jogo de ilusões comandado pela atual administração de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Depois de empurrar goela abaixo a aprovação na Câmara da legislação municipal que prevê a entrada das OSs na Cidade, o tucano parte para a entrega da segunda unidade a empresas que visam apenas o lucro com dinheiro público. A primeira foi a UPA Central, cuja espera por atendimento já chegou a 5 horas em alguns dias. A segunda é o Hospital dos Estivadores, onde foram gastos mais de R$ 50 milhões. Os PSs da Zona Noroeste e da Zona Leste, além de três Centros Culturais, são os próximos serviços da lista a serem privatizados.

No futuro os fatos mostrarão, como em Sorocaba, o alto preço que o santista pagará pela escolha irresponsável da atual administração.

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