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17/10/2019     nenhum comentário

Médicos exigem saída da OS que administra Hospital de Doenças Tropicais em Goiás

Eles fizeram uma manifestação em frente ao Hospital para denunciar demissões e sucateamento do serviço

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Mobilizados contra o desmonte do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) de Goiás (GO), mais de 30 funcionários  pediram a saída da Organização Social que administra o hospital há sete anos, o Instituto Sócrates Guanaes (ISG).

Conforme noticia a imprensa local, os ânimos se exaltaram depois que a OS mandou para rua de quase 50% do corpo clínico da Emergência, Reanimação e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no último dia 7. Uma semana depois os trabalhadores realizaram uma manifestação. No ato o grupo entregou uma carta ao governador do Estado, ao Conselho Regional de Medicina (Cremego), ao Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) e a políticos ligados à carreira médica.

Eles denunciam o estado de calamidade do equipamento. Diante das denúncias o Cremego inspecionou o hospital na última segunda-feira (14) e deverá encaminhar às autoridades competentes um relatório sobre a situação nos próximos dias.

Já o Simego disse que ainda nesta semana fará uma vistoria no local.

Os médicos e funcionários reivindicam principalmente mais médicos na Emergência, além da saída imediata da organização social da administração.

Segundo as lideranças do movimento, a administração demitiu quase 50% do corpo clínico de três áreas essenciais para o funcionamento: a Emergência, Reanimação e UTI. Desde a segunda-feira (7), os Recursos Humanos (RH) do ISG demitiu dois médicos durante o plantão. Uma dermatologista às 9h, enquanto atendia um paciente e mais cinco aguardavam na espera, e outra médica às 10h, surpreendida pelo RH após sair de uma reunião. Segundo os funcionários, o RH tem uma lista com 11 nomes para serem demitidos e até o momento foram sete.

A administração justificou aos médicos, segundo Marianna Tassara, que um estudo interno, mas não divulgado ao corpo clínico, amparou as demissões baseados em números. O paciente do HDT custa mais caro do que pacientes de outros hospitais, como do Hugol, por exemplo.

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Mais lucro na reta final

Marianna Tassara, uma das médicas que participa do movimento acredita que organização social vai deixar o contrato com o Estado em dezembro deste ano, por isso procuraria, neste momento, obter o máximo possível de lucro ao custo da redução da equipe médica.

A administração do hospital nega e em nota à imprensa alega que as demissões “seguiram critérios técnicos dos gestores” e que “o quadro de colaboradores mantido supre toda a necessidade operacional do HDT, garantindo a qualidade da assistência prestada aos pacientes e o cumprimento de todas as metas pactuadas em contrato de gestão com a Secretaria de Estado da Saúde – SES-GO”.

Não é bem assim

Contrariando o posicionamento oficial da OS, os médicos rebatem a nota e destacam falta de condições de atendimento. Eles alertam para aparelhos de tomografia e broncoscopia quebrados há vários meses, redução de 130 vagas de leitos na UTI para 96, extinção do atendimento pediátrico na Emergência e o atendimento de plantão por apenas um médico. O histórico do hospital apontava dois ou três plantonistas nos últimos 13 anos, segundo Tassara.

A médica diz que a prova que a busca da OS não é por qualidade e, sim, por ganho econômico de seus executivos e diretores é que  uma ex-diretora-geral do hospital teve folha de pagamento que chegou a R$ 95 mil em um único mês. Valor que pagaria 17 médicos, segundo a infectologista, com salários médios de R$ 5.588 mensais.

O problema maior é o aumento dos riscos para quem precisa do serviço. A profissional relatou ao site Mais Goiás que com a demissão dos sete médicos, pacientes passaram mal na noite de terça-feira (15) e ficaram sem medicação porque o plantonista não conseguiu sair da Emergência para atender a Reanimação.

Uma paciente caiu da cadeira e bateu a cabeça no chão, na sala de espera da Emergência. Para a médica, isso é reflexo da sobrecarga de trabalho em cima de um único médico no plantão.

Empresa ficha suja atua na Baixada Santista

A OS ISG também administra o Hospital Municipal de Itanhaém e tem longa ficha corrida de problemas e irregularidades. O Ataque aos Cofres Públicos já publicou diversos exemplos de denúncias vinculadas à OS, que é de Salvador. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de São Paulo (SindSaúde-SP) também denunciou.

Saiba mais clicando no link abaixo:

Hospital de Itanhaém será nova vítima de OS com histórico nebuloso

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