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03/04/2019     nenhum comentário

Mãe relata troca de prescrição de medicamento à criança na UPA da ZN

O menor tomou uma injeção que era para outra criança; caso é sério, pois por sorte o paciente não era alérgico ao medicamento que lhe foi ministrado sem necessidade

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Mais um caso denota o amadorismo na terceirização da gestão da UPA da Zona Noroeste de Santos. Uma mãe que levou seu filho no serviço, gerido pela a organização social SPDM, relatou à página Zona Noroeste, no Facebook, que seu filho tomou uma injeção de benzetacil sem que lhe fosse receitado. Veja aqui a postagem e a repercussão.

É que profissionais da enfermagem trocaram as prescrições feitas pela pediatra, que havia atendido duas crianças chamadas Arthur. A mãe do garotinho que tomou a medicação errada só ficou sabendo porque foi alertada pela mãe da outra criança, que notou a confusão.

Uma profissional de enfermagem alegou que não era preciso alarde, pois as duas crianças tomariam a mesma injeção. A mãe então retornou à sala da pediatra, que confirmou que seu filho não tinha recebido a prescrição de benzetacil.

O caso gerou certo alvoroço nas redes sociais e respingou na Câmara. Dois vereadores – Fabrício Cardoso (PSB) e Fabiano da Farmácia (PR) – apresentaram requerimentos questionando a Prefeitura por mais esse erro.

E se fosse uma medicação a qual a criança fosse alérgica? Ou que piorasse o quadro clínico do menor? Sabemos que erros podem acontecer e que, por certo, as condições a que são submetidos os profissionais (equipes reduzidas, sobrecarga de trabalho, baixa capacitação) interferem na qualidade. Lembramos que trabalhadores terceirizados e as vezes quarteirizados são os maiores alvos da precarização! É é também contratando força de trabalho mais barata e menos valorizada que as OSs garantem suas gordas margens de lucro nos contratos com o poder público.

Veja abaixo os requerimentos:

requerimento-fabricio-upa-zn-receita-1

requerimento-fabricio-upa-zn-receita-2

 

requerimento-fabiano-upa-troca-receita

Por causa dos constantes problemas e principalmente das denúncias de mortes suspeitas registradas em sequência nas duas UPAs terceirizadas para organizações sociais, a vereadora Telma de Souza (PT), presidente da Comissão Especial de Vereadores da Saúde, disse que cogita pedir a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para analisar os casos com supostos erros e negligências.

Já o vereador Fabiano solicitou, na sessão da última segunda-feira (2), autorização para constituir Comissão Especial de Vereadores (CEV) para acompanhar a gestão compartilhada com o Município das duas Organizações Sociais (OSs) que administram as unidades de pronto atendimento.

Sabemos que não se pode esperar muito desses movimentos vindos do Legislativo. Os requerimentos e discursos acabam sendo apresentados porque diante da notoriedade da fraude que é o modelo de gestão adotado pela Prefeitura, os vereadores precisam dar a aparência de que estão fazendo algo.

De efetivo mesmo, seria um projeto de lei exigindo a revogação da Lei que instituiu o famigerado Programa Municipal de Publicização. A legislação embasa a entrada das OSs no serviço público.

Trabalhadores da saúde, o Sindicato dos Servidores Municipais de Santos e parte dos usuários tentaram resistir a instituição do modelo de gestão compartilhada. Foram amplamente denunciados na época e também depois, os estragos que as OSs já fizeram aos cofres públicos de centenas de prefeituras e dezenas de Estados.

Os vereadores ignoraram os apelos e disseram sim à leis das OSs. Agora são os poucos que não aprovaram esse sistema que estão cobrando, ainda que formalmente, soluções para a questão.

Os vereadores que aprovaram a Lei das OSs (reeleitos) e que continuam legislando estão em silêncio.

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