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05/07/2019     nenhum comentário

Hospital gerido pela SPDM não tem nem água para os pacientes

Funcionários reclamam também de falta de dipirona e outros remédios básicos

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Desde o último dia 12 de junho, quando terminou o aviso prévio dos funcionários que decidiram não permanecer trabalhando no hospital Pedro II, no Rio de Janeiro, depois que a prefeitura voltou atrás e renovou o contrato com a organização social SPDM (que administra a unidade), cerca de 40 médicos teriam sido desligados, de acordo com funcionários.

Sem novas contratações, as escalas estão descobertas. Faltam médicos e também falta algo ainda mais básico: água.

O serviço da SPDM foi classificado pelo governo municipal como ruim. A ideia era trocar a OS. Mas algo aconteceu e as autoridades decidiram não só manter como aumentar os repasses à empresa, que enfrenta ainda muitas reclamações de usuários da UPA da Zona Noroeste de Santos, onde também atua.

Abaixo matéria do Jornal Agora, mostrando o descalabro no hospital carioca. A SPDM rebate.

 

Pacientes e funcionários não têm água para beber no Hospital Pedro II, que sofre com falta de médicos

Apesar de uma liminar, concedida no sábado passado, dia 22, determinar a contratação imediata de médicos, principalmente clínicos e pediatras, para garantir o atendimento no Hospital municipal Pedro II, em Santa Cruz, a principal referência para trauma na Zona Oeste do Rio, a falta de atendimento persiste na unidade. Como aconteceu em pelo menos três dias na semana passada, não havia pediatras na emergência no plantão desta madrugada. Pacientes aguardavam atendimento pelos corredores e funcionários relatam que faltou até mesmo água para beber. Em nota, a direção do hospital informou que a unidade conta com médicos de plantão, tem água em estoque e não houve redução no fornecimento de aporte hídrico.

— Trabalhamos as 12 horas do plantão noturno sem uma gota de água para beber. Faltando dipirona injetável, entre outras medicações — contou uma profissional de enfermagem, que por medo de represálias, prefere não ter o nome divulgado.

Segundo ela, pacientes que chegam esperam até a troca de plantão para ver se chegam médicos ou vão embora sem.

— Entrei no plantão na noite de ontem (sábado) e, mais uma vez, não houve atendimento na emergência pediátrica. Pacientes jogados no corredor, aguardando atendimento. O CTI continua com leitos desativados. A sala amarela está com 80 pacientes e vários leitos vazios aguardando mais pacientes que vêm da sala vermelha – relatou a profissional de enfermagem.

Outro profissional de enfermagem relata que até mesmo a água para os pacientes é racionada:

— As gestantes e puérperas, que acabaram de dar à luz, recebem uma garrafinha de água pela manhã. E depois ficam procurando bebedouros pelo hospital.

Segundo ele, o bebedouro da emergência não funciona há quase um ano e, no quinto andar, no alojamento conjunto, onde ficam as mães com seus bebês, não há bebedouros:

— Quando a garrafinha de água acaba, o acompanhante tem que descer para procurar água ou comprar. Isso quando a paciente não desce escondida e vai procurar bebedouro, quando a enfermagem está vendo paciente nas enfermarias — conta outra profissional de enfermagem.

Desde o último dia 12, quando terminou o aviso prévio dos funcionários que decidiram não permanecer trabalhando no hospital depois que a prefeitura voltou atrás e renovou o contrato com a organização social SPDM (que administra a unidade), cerca de 40 médicos teriam sido desligados, de acordo com funcionários. Sem novas contratações, as escalas estão descobertas.

No último sábado, dia 22, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro obteve na Justiça uma liminar que obriga a prefeitura do Rio e a OS SPDM a garantir o atendimento médico à população no Hospital Pedro II. De acordo com a decisão do desembargador de plantão Paulo Baldez, a gestão da unidade deveria alocar profissionais, especialmente clínicos gerais e pediatras, já naquele fim de semana, sob pena de multa diária de R$ 8 mil para a secretária municipal de Saúde, Ana Beatriz Busch, e para o diretor-presidente da OS, Ronaldo Ramos Laranjeira. O pedido da Defensoria, que encontrou problemas em vistoria realizada em abril, foi motivado pelo desligamento de profissionais que cumpriram aviso prévio até o último dia 12.

Veja nota completa da direção do Pedro II:

A direção do Hospital Municipal Pedro II esclarece que:

– Os pacientes que buscaram atendimento em Pediatria no Complexo PedroII foram acolhidos, classificados pelo Protocolo de Acolhimento Com Classificação de Risco e receberam atendimento/orientação pelos profissionais médicos presentes no plantão.

– Não há falta de medicamentos impactando na assistência dos pacientes.

– Os leitos de CTI seguem cronograma de contratação de profissionais para serem restabelecidos.

– Não procede a informação sobre falta de água. A unidade tem água no estoque e não houve redução no fornecimento de aporte hídrico.

– A SPDM lançou dois Editais distintos, sendo: 01 para Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem e 01 para Médicos; Neste momento a Instituição optou por concentrar todos os seus esforços para a contratação da categoria médica, devendo movimentar em momento oportuno o edital da categoria enfermagem.

– A SPDM está em prazo recursal para manifestação nos AUTOS.

– A direção não está medindo esforços para ofertar a assistência aos pacientes que buscam o serviço.

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