denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
03/01/2019     nenhum comentário

Governo põe fim à gestão por OSs em Mato Grosso

Todos os equipamentos hospitalares voltarão a ser geridos pela administração direta ou por consórcios intermunicipais

gilberto

O Governo do Estado irá retomar a gestão direta dos Hospitais Regionais de Mato Grosso. A informação e do secretário de Saúde Gilberto Figueiredo (PSB), que afirma que começará este trabalho no Hospital de Rondonópolis.

“Vamos resgatar o hospital de Rondonópolis, nomear uma equipe gestora e colocar para funcionar”, disse o socialista.

De acordo com ele, o mesmo deverá ser feito com o Hospital de Sinop, que assim como o de Rondonópolis, vem sendo administrado pela Organização Social (OS) Instituto Gerir. O secretário frisa que não irá se tratar de uma intervenção, tendo em vista que o contrato com a OS já está rompido. Ele afirma que apenas não haverá renovação por parte do Estado.

“Não é intervenção. Vamos cuidar daquilo que é obrigação do Estado. O contrato com a OS está rompido. Não vamos prorrogar mais e vamos assumir a administração do hospital”, enfatizou.

As Organizações Sociais de Saúde administram os Hospitais Regionais de Mato Grosso desde o ano de 2011. Este modelo de gestão foi implantada pelo ex-secretário de Saúde Pedro Henry, durante a gestão de Silval Barbosa a frente do Palácio Paiaguás.

Na época muitos escândalos envolvendo desvios de recursos e ineficiência na prestação dos serviços foram noticiados pela imprensa.

Inicialmente, as entidades eram responsáveis pela administração de sete hospitais regionais e ainda da farmácia de alto custo. Atualmente, apenas duas unidades de saúde adotam este modelo de gestão.

O ex-governador Silval Barbosa  cumpre prisão domiciliar após dois anos preso por liderar uma organização criminosa que desviou dinheiro público. Ele foi condenado a mais de 13 anos de prisão por formação de quadrilha, concussão e lavagem de dinheiro.

Já Henry, que foi condenado no processo do Mensalão por corrupção ativa e passiva, atuou como secretário de Saúde em 2011, quando defendeu e permitiu a terceirização do setor com o apoio do então governador Silval Barbosa.

CPI mostrou prejuízo astronômico

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi aberta em 2015 na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O objetivo inicial era apurar denúncias de superfaturamento por meio dos contratos com as OSs.

Mais de 12 meses de trabalho produziram mais de 30 mil páginas depois encaminhadas para órgãos como Ministério Público do Estado (MPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Secretaria de Estado de Saúde (SES). Segundo o relatório final, cerca de R$ 300 milhões poderiam ter sido economizados, na saúde terceirizada, marcada pela falta de transparência e de controle.

“Dos sete hospitais regionais que investigamos, cinco já estavam sob interferência do governo por problemas na gestão da OSs. Contratos falhos, milhões gastos indevidamente são algumas das falhas que herdamos. Isso começou lá atrás, são mais de 10 anos sem investimentos e agora serão precisos pelo menos mais 20 para recuperar”, disse na época  o presidente da CPI, deputado Leonardo Albuquerque (PSD).

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *