Governador de Mato Grosso acusa OS de desviar dinheiro da Saúde
De acordo com Mauro Mendes, em dois meses de intervenção, R$ 2,5 milhões foram economizados
“A OS que geria os hospitais regionais de Sinop e Rondonópolis desviou dinheiro público”. A afirmação foi feita pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), durante visita à feira agropecuária Norte Show, em Sinop (500 Km de Cuiabá), na última terça-feira (16).
Mendes fez a acusação após destacar que, em menos de dois meses de intervenção administrativa nos hospitais, o governo já registrou economia. “No segundo mês após a intervenção, os recursos que nós aplicamos caíram em R$ 2,5 milhões. Tivemos uma grande economia, então, podemos constatar que houve desvios, sim”, afirmou.
Apesar da economia de recursos, ainda há problemas a serem resolvidos para elevar a qualidade no atendimento. Questionado sobre isso, o governador voltou a argumentar que os problemas de Mato Grosso se arrastam há anos e que três meses é um período muito curto para recuperar a rede.
O governador ainda se pronunciou sobre a superlotação das unidades básicas de saúde. Segundo ele, é preciso fazer investimentos para melhorar a situação. “Isso demanda muito trabalho, mudanças profundas e no setor público. Não é fácil fazer isso. Essa história que a saúde pública está um caos, já ouvimos há décadas. Esse é um trabalho a médio e longo prazo. Em quatro anos, farei a saúde pública funcionar da maneira correta”, concluiu.
Intervenção
Até o início do governo Mauro Mendes, os hospitais regionais de Sinop e Rondonópolis eram administrados pela Organização Social (OS) Instituto Gerir. Uma das primeiras ações do governador, ainda em janeiro, foi anunciar intervenção.
A retomada das gestões dos dois hospitais foi baseada em critérios como a avaliação do contrato com a OS. Na época, Mendes apontou uma série de “inexecuções indevidas” no acordo firmado entre o Estado e o Instituto.
Ainda segundo o governador, a empresa havia descumprido o contrato em diversos pontos e realizado uma série de atividades e inatividades que não estavam previstas.