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30/10/2018     nenhum comentário

G1: Família acusa médica de ‘assistir’ morte de mãe e bebê no Hospital dos Estivadores

Caso, que ocorreu no equipamento cuja gestão foi terceirizada para uma OS, está sendo investigado pela Polícia Civil

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Uma reportagem do G1 mostra o drama de mais uma família atendida no Hospital dos Estivadores, gerenciado pela organização social Instituto Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A família acusa a médica que atendeu a ocorrência de negligência e de ter assistido as mortes da mãe e da criança. Aqui no Ataque aos Cofres Públicos já mostramos casos em gestantes e seus familiares denunciaram tanto supostas negligências quanto erros médicos.

Veja abaixo a reportagem do G1, ou clique aqui para ler na íntegra. Ao final do texto, confira os links dos outros casos aqui noticiados.

Família acusa médica de ‘assistir’ mãe e bebê morrerem em SP: ‘Dois caixões’

Secretaria de Saúde de Santos, no litoral paulista, ordenou que administrador do Hospital dos Estivadores faça apuração ‘contundente’. Caso é investigado também pela Polícia Civil.

Por G1 Santos

30/10/2018

A família da comerciante Marilu Aparecida de Moraes, de 45 anos, acusa de negligência uma médica do Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos, no litoral de São Paulo, por tê-la ‘assistido’ morrer, em meio a uma hemorragia, durante um parto. O bebê também não resistiu. A prefeitura pediu explicações ao administrador da unidade, e a Polícia Civil também investiga o caso.

A mulher foi levada pelo marido, o também comerciante Ricardo Robson Hilsdorf, de 47 anos, na madrugada de 9 de outubro, à unidade municipal que é administrada pelo Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Prestes a completar nove meses de gestação, ela relatou que estava com contrações e que sentia fortes dores.

“Eu disse à enfermeira que nos recebeu que minha mulher tinha histórico delicado, e que teve descolamento de placenta no parto do nosso último filho. Ela não tinha condições de ter um parto normal, pela idade e pela situação, mas a médica que nos atendeu mandou que ela esperasse em uma maca”, lembra Ricardo.

A hemorragia, conta o comerciante, começou depois que ela foi ‘brutalmente’ tocada pela médica plantonista. “Eu fiquei impressionado com toda a situação. Estava na sala e vi a ‘evolução’ da hemorragia. Começou pequena, aumentou e depois minha mulher começou a jorrar sangue, e o lençol ficou encharcado”.

Assustado com a cena, ele procurou a médica e pediu que ela examinasse novamente Marilu. “Foram três vezes que a chamei, todas com um intervalo de tempo. Em todas, a doutora se recusou a ir lá vê-la, e insistiu em dizer que a situação era normal. Na última, ela ainda gritou comigo, e uma enfermeira veio ajudar”.

“Minha mulher só foi, de fato, acudida quando houve a troca de plantão, depois de mais de uma hora. A médica que entrou me olhou impressionada, e me disse que as dores e o sangramento ‘não eram normais’, que a situação era grave. Marilu foi levada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas não tinha mais tempo”.

O bebê, que se chamaria Léo, morreu logo após o nascimento, que ocorreria naquela manhã, ainda na UTI. A comerciante resistiu por mais algumas horas, em estado crítico e com hemorragia interna sem controle, segundo o que o marido apurou. “Eu a levei viva, andando, e saí de lá com dois caixões. Eu não acreditei”.

Para o advogado que representa a família, Nilton Pires, há indícios de erro médico. “A plantonista, com pressa para ir embora ou por qualquer outro motivo não claro, errou o diagnóstico e não prestou o atendimento necessário. Enquanto ela ignorou a situação, a colega dela, que a rendeu, se assustou com a gravidade”.

Pires ainda rechaça o documento do hospital onde consta que o bebê nasceu morto. “Para registro, eles disseram que o Léo era natimorto. Foi uma mentira, constatada pelo Serviço de Verificação de Óbito [SVO], que constatou que ele morreu por asfixia. Os erros são sucessivos”, afirma o advogado da família.

A Secretaria Municipal de Saúde de Santos, por meio de nota, informou que estava ciente da situação, e que cobrou explicações à empresa. A administração ainda afirmou que “exigiu do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz a apuração contundente do caso e de eventuais responsabilidades”.

O Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz se recusou a informar ao G1 detalhes sobre eventual apuração do caso, ao alegar “sigilo médico”. A organização também não informou se a médica foi afastada do plantão, mas afirmou que segue “as melhores práticas na assistência ao parto” no Hospital dos Estivadores.

“A médica, que deveria cumprir o juramento, mesmo ao fim de um plantão, assistiu, ficou vendo a minha mulher morrer. Se ela tivesse agido, e não ignorado, eu estaria aqui com o meu filho e minha mulher. Eu decidi procurar a imprensa para alertar: para que nenhuma mãe, marido ou filho passe pelo o que eu passei”, desabafou Ricardo.

O Ataque aos Cofres Públicos vem denunciando desde a abertura do hospital várias práticas problemáticas executadas dentro do Hospital Municipal, gerenciado pela OS, que este ano receberá R$ 101 milhões. Veja nos links abaixo:

Mãe relata drama após ter seu bebê no Hospital dos Estivadores

Mãe que perdeu bebê no Hospital dos Estivadores pede investigação criminal no Ministério Público

Gestantes denunciam práticas na Maternidade dos Estvadores

Pai vai à imprensa para denunciar falta de estrutura no Hospital dos Estivadores

Mais um parto traumático no Hospital dos Estivadores, em Santos

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