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08/08/2015     nenhum comentário

Fundação ABC: Funcionários do Hospital Irmã Dulce ficam sem almoço por atrasos em pagamento

Empresa suspendeu alimentação dos funcionários por estar sem receber da Fundação do ABC desde dezembro de 2014. Ja os pacientes só tem sopa.

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Organizações Sociais (OSs) no serviço público quase sempre vêm acompanhadas de quarteirização. E as subcontratações de empresas para executar serviços para a empresas terceirizada, por sua vez contratada pela administração pública, trazem ainda mais precarização a trabalhadores e ao atendimento.

Nesta sexta-feira (7/8) o Jornal A Tribuna publicou os reflexos que essa política traz. Os fatos desmentem os gestores que defendem o modelo utilizando, cinicamente, palavras como eficiência, agilidade e inovação.

A Fundação ABC foi a escolhida pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), para atuar na futura UPA, que substituirá o PS Central nos próximos dias.

Irresponsabilidade que será compartilhada com quem depende do atendimento, com os trabalhadores e com os contribuintes que pagarão os R$ 19 milhões para a empresa que já tem uma longa ficha corrida de irregularidades em outras cidades onde atua ou já atuou.

 

Veja a matéria de A Tribuna:

Depois de restrições na alimentação nos últimos meses, os funcionários do Complexo de Saúde Irmã Dulce, em Praia Grande, ficaram sem almoço nesta sexta-feira (7). A JLA Alimentação suspendeu o fornecimento de comida e água aos trabalhadores por conta de atrasos no pagamento do serviço por parte da Fundação do ABC, Organização Social de Saúde responsável pela administração do hospital.

“Já vinham diminuindo a comida há três meses. Não estava tendo guarnição, salada e sobremesa. Estavam servindo arroz, feijão e mistura. Hoje, cortaram tudo”, aponta um auxiliar de enfermagem do Pronto Socorro, que pediu para não ser identificado.”Os funcionários estão pedindo dinheiro uns para os outros para poder comer. Não recebemos vale-refeição porque a alimentação era fornecida aqui”.

Ele cita que, apesar de a alimentação para os pacientes não ter sido cortada, o cardápio para as pessoas internadas previa apenas sopas.

Outra funcionária afirma que, além da comida, a empresa também deixou de entregar água. “Estamos sem água potável”, reclama.

O diretor da JLA Alimentação, José Amancio, conta que a empresa não recebe repasses da Fundação do ABC desde dezembro do ano passado e que a dívida acumulada é de R$ 7,7 milhões. “Nós entrávamos em contato e diziam que iam ser feitos os pagamentos, mas não foram feitos. Hoje não teve alimentação para os funcionários, a única alimentação servida foi para os pacientes porque eles não podem ter prejuízo nenhum à saúde”.

Ele admite, assim como revelou um dos funcionários, que a refeição servida aos pacientes no almoço desta sexta-feira foi sopa, mas garante que a alimentação “supre as necessidades nutricionais”. O diretor nega, porém, que a restrição tenha começado há três meses. “Só em julho”.

Depois de A Tribuna On-line procurar a Fundação do ABC para cobrar um posicionamento, José recebeu a ligação de um representante da Organização Social. “Mais uma vez concedemos um voto de confiança e vamos normalizar a alimentação no jantar”, prometeu José.

Na segunda-feira (10), haverá reunião entre a empresa e a entidade. “Na reunião vamos decidir se tem um acerto ou se haverá paralisação total”.

A Fundação do ABC disse, por meio de nota, que os atrasos de pagamento à empresa JLA se deram por questões contratuais. “Entendimentos visando a regularização já ocorreram nesta tarde e o fornecimento foi normalizado para o período noturno e demais dias subsequentes”, informou, sem citar prazo para quitação da dívida.

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