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09/06/2016     1 comentário

Funcionários do Instituto Corpore no Guarujá estão sem receber

Em Cubatão funcionários do Hospital Municipal, também terceirizado, também estão sem o salário em dia.

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É assim a terceirização: depois de meses ou até anos recebendo milhões em recursos públicos para fazer um serviço pior do que a administração direta faria, as organizações sociais começam a mostrar a cara.

Isso acontece sempre que uma crise de arrecadação afeta os cofres municipais e estaduais. Prefeituras que antes tinham a capacidade de transferir grandes somas em dia para as entidades, passam a atrasar os repasses. E aí, automaticamente, as OSs que já encheram bastante os bolsos de seus diretores, deixam de honrar os salários da parte mais fraca dessa queda de braço: os funcionários terceirizados. Quem sofre duplamente com a situação? Os munícipes, que pagam impostos e quando precisam de atendimento acabam ficando sem.

Esse resumo tem acontecido em várias cidades do Brasil, do Estado de SP e também se multiplica na Baixada Santista. E quando a sociedade exige uma resposta, muitas vezes a OS não responde, diz que é culpa da Prefeitura. E a Prefeitura, por sua vez, diz que enfrenta problemas financeiros, mas que não é motivo para interrupção do atendimento. Trata-se de um jogo onde quem perde sempre é a população!

É o que está acontecendo em Guarujá e em Cubatão. A situação de ambas as cidades está narrada nos jornais regionais dessa quinta-feira (9).

No Guarujá os trabalhadores contratados pelo Instituto Corpore para atuar nas Unidades de Saúde da Família (Usafas) estão sem vale refeição e sem o vale transporte. Os funcionários falam em paralisar o atendimento.

Um funcionário enviou ao Ataque aos Cofres Públicos a seguinte mensagem: “Gostaria de fazer uma denúncia em relação a OS Instituto Corpore de Guarujá. Os funcionários estão com atraso de pagamento, vale alimentação e vale transporte nesse mês. Porém não receberam o vale alimentação de abril também. Desde 2012 não houve nenhum reajuste do vale alimentação. E somente UM reajuste salarial nesses 4 anos de serviço. Descontam a contribuição sindical porém a empresa não informa qual seria esse sindicato. Hoje saiu uma pequena matéria em relação a isso no jornal A Tribuna. Se vocês pudessem dar um auxílio para esses trabalhadores seria de grande valia. Obrigado”.

A matéria do Jornal A Tribuna diz que a Prefeitura reconhece que houve atraso de uma parte do repasse, mas que isso não é motivo para suspensão das atividades. Já a entidade ignorou os pedidos de esclarecimento da reportagem.

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Vale lembrar que o Instituto Corpore teve irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas e em outros órgãos fiscalizadores, como a própria Câmara. Veja aqui.

Enquanto isso, em Cubatão um vereador apelou ao Ministério Público e até  à Corregedoria Geral do Ministério Público, pois insiste em saber porque os funcionários do Hospital Municipal continuam sem receber da Prefeitura, que gastou R$ 10 milhões no evento Danado de Bom e segue  em dívida com a OS que gerencia o equipamento.

Lá os funcionários estão cobrando o sindicato que os representa, o Sintrasaúde, a tomar posição. Pressionado, o sindicato marcou uma assembleia para esta quinta (9), às 20 horas. Veja matéria também desta quinta-feira (9), no Jornal A Tribuna.

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Comentários (1)

  1. jadiel ramos disse:

    Muito boa a matéria

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