Funcionários da OS Fundação do ABC entram em estado de greve

Em meio a denúncias de pagamento de supersalários a diretores e de falta de transparência em relação aos gastos dentro de um orçamento anual de R$ 2,2 bi (pagos com dinheiro público), a Fundação do ABC enfrenta um movimento grevista por parte de seus trabalhadores.

A organização social tem cerca de 10 mil funcionários atuando em várias cidades do ABC e também da Baixada Santista.

Os trabalhadores reclamam de dois anos sem reajuste salarial e estariam dispostos a cruzar os braços nos primeiros dias de agosto, caso a FUABC continue dizendo que não poderá conceder qualquer melhoria nos vencimentos e benefícios.

A decisão de decretar estado de greve ocorreu em assembleia, nesta quinta-feira (20), em Santo André. Os funcionários reivindicam as valorizações de 2016 e 2017, em 9% e 4%, respectivamente.

O SindSaúde do ABC, que representa os terceirizados, argumenta que a categoria já sofreu com a desvalorização salarial no ano passado e após reunião realizada há quase um mês com a Fundação ABC, somente no dia 7 deste mês, a organização respondeu, via e-mail, que não tem proposta alguma de reajuste, após solicitar 15 dias para avaliar a reivindicação da categoria.

A próxima assembleia foi agendada para 3 de agosto e será em frente à Fundação ABC. O presidente do SindSaúde, Almir Rogério “Mizito”,  acusa a OS de não cumprir com o acordo estabelecido junto ao Sindhosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo). “A partir da segunda-feira (24), vamos iniciar a mobilização e no dia 3 decidiremos se iniciamos a greve ou se entraremos com ação de cumprimento do acordo definido com o sindicado patronal”, explica.

O sindicalista ainda avalia que os valores passados pela instituição referentes às cestas básicas e outros benefícios, como vale-refeição, estão defasados.