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16/01/2019     nenhum comentário

Falta de energia e calor insuportável revoltam pacientes de hospital e unidade de nefrologia em PG

O Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, ficou sem energia das 6h às 10h, provocando transtornos na UTI de neonatal; no equipamento e também na unidade de Nefrologia pacientes estão sem ar condicionado há semanas

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Não é coincidência. Sempre que unidades cujas gestões terceirizadas estão em processo de transição de organizações sociais (OSs) os problemas se avolumam significativamente. A qualidade do atendimento e a estrutura do serviço, normalmente muito questionáveis, pioram ainda mais.

Acontece assim: a OS que está saindo e perdendo o contrato relaxa e lava as mãos. O cumprimento do plano operativo passa a ser ainda mais negligenciado. Ninguém da gestão fiscaliza e os usuários e trabalhadores terceirizados é que acabam sentindo na pele o descompromisso, que pode vir na forma de atraso no pagamento dos direitos trabalhistas e/ou na intensificação sucateamento do serviço como um todo.

Praia Grande está neste momento de transição de OSs. A empresa que está saindo é a Fundação do ABC. O contrato expirou e a Prefeitura optou por não renovar, até por conta do histórico de ineficiência e irregularidades que a empresa produziu no último período, e que foram apontadas pelo Ministério Público e Tribunal de Contas.

A SPDM (Sociedade para o Desenvolvimento da Medicina) foi a selecionada para o novo período à frente do Hospital Irmã Dulce, do Pronto-Socorro anexo e da unidade de nefrologia (Nefro PG). No entanto, a FUABC, conforme noticiou a imprensa local, conseguiu liminar impedindo a SPDM de assumir.  Veja aqui.

Enquanto o imbróglio judicial segue, pacientes e trabalhadores sofrem. Já tínhamos conhecimento, por meio de reclamações de moradores de Praia Grande, da falta ar condicionado em vários setores das unidades citadas acima.

Nesta terça-feira (15), sites e televisões locais destacaram que o Irmã Duce ficou sem energia, o que comprometeu o atendimento na UTI Neonatal. Segundo o site G1, o gerador onde estavam os bebês não funcionou. As crianças ficaram sem ventilação e aparelhos de apoio das 6h às 10h.

Em entrevista ao portal, a auxiliar de loja Roselaine Oliveira dos Santos, de 30 anos, disse que os bebês tiveram de ser removidos da unidade e transferidos para o pronto-socorro do hospital até a volta da energia elétrica.

“Estava um verdadeiro caos. Os médicos e as enfermeiras corriam para dar oxigênio para os bebês, que ficaram com falta de ar nas incubadoras. A gente reclamou na ouvidoria, e eles não sabiam explicar o que estava acontencendo, apenas que estavam providenciando a manutenção”, afirmou a jovem o G1.

Veja mais trechos da reportagem:

Roselaine está no hospital há quase dois meses após dar à luz um bebê prematuro. Além da falta de energia, Roselaine afirma que a unidade está sem ar-condicionado há, aproximadamente, um mês, deixando a UTI sem ventilação.

De acordo com o padeiro A. L. C, que prefere não se identificar, a falta de eletricidade atrasou o parto da esposa, que chegou no hospital às 7h e precisou aguardar o retorno da energia para ganhar o bebê. O padeiro afirma que a esposa só foi liberada para o centro cirúrgico às 10h.

Em nota, a direção do Hospital Municipal Irmã Dulce esclareceu que, devido à falta de energia elétrica nos arredores do Hospital, a unidade registrou oscilação da energia das 7h até aproximadamente 9h20. Durante os momentos de oscilação, o gerador da unidade foi acionado.

Na página Boca no Trombone no Facebook, mais reclamações sobre o calor excessivo, só que na Nefro PG. Veja abaixo:

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A dona de casa Solange Francisco confirmou ao Ataque aos Cofres Públicos que o Hospital Irmã Dulce está sem ar condicionado pelo menos desde o fim do mês passado. “Fiquei com meu marido à espera de atendimento no corredor do hospital. Ele com muitas dores amontoado com outros pacientes em um ambiente que mais parecia a fila para o o abate de galinhas de tão quente que precário que estava”, desabafou.

 

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