denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
23/08/2016     nenhum comentário

Falta até comida no Hospital Getúlio Vargas, gerenciado pela Pró-Saúde

Sem salários, funcionários terceirizados pela Pró-Saúde cruzam os braços

hvgrio

Está caótica a situação de um importante hospital do Rio de Janeiro. Comandado pela Organização Social (OS) Pró-Saúde, o Getúlio Vargas, na Penha, vive uma greve no setor de alimentação. Os profissionais da cozinha voltaram a ter os salários atrasados e paralisaram as atividades.

Conforme mostrou o jornal O Globo, a falta de refeições para pacientes, acompanhantes e profissionais da unidade gerou uma manifestação nesta segunda (22), e um grupo invadiu o gabinete da direção, pedindo providências.

Com duas horas de atraso, o almoço foi servido: sopa de feijão com macarrão e legumes, independentemente se o paciente seguia dieta especial ou não. “Essa sopa não deu para todos os funcionários. Algumas pessoas ficaram sem refeição. O café da manhã havia sido apenas café puro e pão”, contou à reportagem uma funcionária que pediu para não ser identificada.

Veja trechos da reportagem:

Com salários pagos de forma irregular desde dezembro, os profissionais do Getúlio Vargas receberam, no último dia 12, apenas metade do vencimento de julho.

“O pagamento deve ser feito no quinto dia útil do mês, mas não temos nem previsão para receber a outra metade do salário. A direção diz que está sem receber repasses” afirmou um funcionário, referindo-se à organização social Pró-Saúde, que administra o hospital.

Outro profissional contou que um parente de paciente comprou resistência, na semana passada, para consertar um chuveiro. “Faltam materiais básicos”.

Prestadores de serviços e fornecedores de materiais e medicamentos também estão com pagamentos atrasados.

A direção do HGV informou que um fornecedor externo passará a entregar refeições para pacientes e funcionários a partir de hoje. A Secretaria estadual de Saúde afirmou que novos repasses para a Pró-Saúde serão realizados tão logo sejam disponibilizados os recursos para a pasta, a fim de que a OS possa efetuar o pagamento da segunda parcela dos salários.

 

Em matéria publicada nesta terça-feira (23), no G1, o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ) classifica o estado Hospital Getúlio Vargas, como situação de ‘calamidade’. Segundo a entidade, também há falta de medicamentos.

Jorge Darze, presidente do Sinmed, criticou a Organização Social que é responsável pela gestão unidade.

“Nós estamos falando de uma situação de calamidade. Um hospital não pode tratar os pacientes internados e muito menos os seus funcionários da forma como essa instituição vem tratando. Não podemos esquecer que nesse hospital, alguns meses atrás, por conta do atraso no pagamento dos repasses do governo do estado, se colocou um tapume e foi proibida a entrada dos pacientes para atendimento. Essa Organização Social aqui tem um comportamento estranho. É preciso que o Ministério Público intervenha aqui e procure saber o que realmente está acontecendo”.

O sindicalista insiste que o problema não é só com a alimentação. “Nós também temos problemas com a falta de medicamentos. Eu estive aqui no sábado conversando com a equipe médica e me foi relatado problemas graves, principalmente com uso de antibióticos. Não se pode começar o tratamento com um determinado tipo de antibiótico porque não há quantidade suficiente para que esse tratamento seja concluído”, disse Jorge Darze.

Para o presidente dos Sindicato dos Médicos, a forma de trabalho dos funcionários do Hospital Estadual Getúlio Vargas é incompatível com a regra que deve existir em uma unidade hospitalar. “Os salários estão atrasados. Existem ações judiciais na Justiça do Trablho que já exige que esse salário seja pago em dia. O problema é que essas instituições também não estão cumprindo com suas decisões judiciais”, explicou Jorge Darze.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *