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09/08/2018     nenhum comentário

Ex-secretário de Saúde de SP admite erros na fiscalização de OSs

Wilson Pollara é coordenador na área da saúde da campanha do candidato a governador João Dória e também reconheceu que o número de contratos que algumas entidades assumiram não é benéfico para a administração pública.

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“O problema é ter pernas, porque são muitos contratos, é muita coisa. É uma coisa de automatizar esse controle, teria que ser uma coisa meio automática, meio software, para gente identificar (irregularidades)”.

A afirmação é de Wilson Pollara, ex-secretário de Saúde da Cidade de São Paulo.

A frase, dita durante oitiva na CPI das OSs, realizada pela Assembleia Legislativa de SP, diz muito sobre o modelo de gestão que repassa metade de todo o orçamento em Saúde para empresas.

Pollara admitiu que há falhas na fiscalização dos contratos firmados tanto pelo Estado quanto pelo município com as Organizações Sociais de Saúde.

Questionado, ele não teria mesmo como negar a frouxidão desse controle. Os fatos já levantados pela CPI são irrefutáveis quanto à falta de transparência de de acompanhamento. Segundo a apuração dos parlamentares da Comissão, empresas de médicos funcionários públicos do Estado são contratadas pelas Organizações Sociais de Saúde para prestação de serviços. Algo que não poderia acontecer, mas que virou prática corriqueira.

Pollara também reconheceu que o número de contratos que algumas entidades assumiram ao logo dos últimos anos não seja benéfico para a administração pública.

De acordo relatório apresentado pelo Conselho Estadual de Saúde, cinco Organizações Sociais detêm 75% dos contratos com a Secretaria estadual de Saúde. Duas delas, a SPDM e a SECONCI, concentram, cada uma, mais de 20% dos contratos.

“Achamos que é um risco, não é uma coisa muito saudável”, afirmou.

O ex-secretário foi convidado a prestar esclarecimentos à Comissão por conta dos cargos públicos que ocupou nas administrações tucanas.

Ele deixou a pasta da atual gestão municipal para assumir o programa de saúde do candidato ao governo do estado pelo PSDB, João Doria. Médico gastroenterologista, ele trabalhou como secretário-adjunto da Saúde do Estado de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

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