Ex-diretor de hospital terceirizado desviava imposto de renda dos funcionários
Segundo Ministério Público de Pernambuco, os empregados da OS Imipi, gestora do hospital Miguel Arraes, foram lesados
No foco da mídia por conta de esquemas de desvio de verba, a terceirização do Hospital Miguel Arraes, em Pernambuco, ganha a cada dia mais desdobramentos.
Conforme noticiou o Blog do Jamildo, em uma ação de improbidade já em tramitação no Fórum de Paulista, o ex-diretor do Hospital Miguel Arraes, Rodrigo Cabral de Oliveira, é acusado também, segundo o processo, de se apropriar de parte do imposto de renda dos funcionários da organização social IMIP.
Segundo a ação judicial, o ex-diretor “fazia o preenchimento das declarações de imposto
de renda dos funcionários e se apropriava de parte dos impostos pagos na fonte, dando
uma aparência de legalidade perante o Fisco Federal”.
A acusação consta da petição inicial da ação, assinada pelo promotor Fernando Falcão,
em tramitação na Vara da Fazenda Pública de Paulista, onde fica a sede da organização social da saúde que administrava o Hospital Miguel Arraes, em convênio com o Governo do Estado.
Esta acusação do Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) contra o ex-diretor se soma à acusação do suposto desvio de R$ 2,2 milhões de reais do IMIP, apontada em sindicância interna da própria organização social. Também corre contra o ex-diretor uma ação criminal, pelo suposto desvio destes R$ 2,2 milhões.
O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Carlos Porto, pediram esclarecimentos e emitiram recomendações sobre o controle dos repasses para as OSs.
Na Assembleia Legislativa, o assunto repercute. As OSs são vistas como caixas-preta e a demanda por transparência foi foi destaque na fala de deputados oposicionistas.