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13/11/2017     nenhum comentário

Estivadores: muito dinheiro, pouco retorno e várias reclamações

Apesar de OS contratada para gerir a unidade estar sendo questionada na Justiça por não ter experiência exigida em lei, em 2018 a Prefeitura estima que o repasse será ampliado em 52%, chegando a R$ 101,5 milhões.

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O Hospital dos Estivadores foi reaberto com muito dinheiro dos contribuintes. No entanto, depois de ter sido comprado do INSS, de ter sido reformado e equipado com dinheiro público, o serviço foi terceirizado para uma empresa questionada na Justiça por não possuir tempo e experiência exigidos por lei municipal.

Mesmo assim a organização social Instituto Social Hospital Alemão Oswald Cruz foi contratada no ano passado pela quantia de R$ 66,7 milhões/ano. Para 2018 a Prefeitura estima que o repasse será ampliado em 52%, chegando a R$ 101,5 milhões. O valor está na previsão orçamentária em trâmite na Câmara.

Tanto dinheiro em jogo não evita questionamentos de muitos usuários do SUS, que esperavam um incremento muito maior no número de leitos e de procedimentos no equipamento. Pelo contrário. As dúvidas sobre o destino dos milhões desembolsados pela pasta da saúde desde que a terceirização do hospital foi implantada têm crescido. Afinal, 17% de todo o orçamento da Secretaria de Saúde será consumido pela OS.

Levando-se em conta a receita total prevista, o Instituto que cuida dos Estivadores e a Fundação do ABC, responsável pela UPA, abocanham 5,6% de toda a receita. Isso significa que de cada R$ 100,00 que o Governo arrecada, R$ 5,60 são repassados para apenas duas empresas.

A qualidade do serviço também tem sido colocada em xeque. Em mais uma visita à unidade, o Ataque aos Cofres Públicos ouviu queixas dos moradores do entorno do equipamento e também familiares de parturientes. A segurança Luciana Gouveia da Silva, por exemplo, contou que sua cunhada passou por momentos tensos na semana passada, quando procurou a unidade, já em trabalho de parto.

“Ela ficou muitas horas em espera, com dor. Foram dois dias praticamente. Estava com três dedos de dilatação e por isso queriam mandar ela embora. Depois quiseram enviá-la para o Hospital de Itanhaém, alegando que não é munícipe. Após todo esse sofrimento, viram que ela realmente não tinha dilatação e aí tiveram de fazer cesárea às pressas”.

Frisando que a família é moradora do Morro São Bento, Luciana lembra que quase ocorreu com a sua cunhada situação semelhante à noticiada recentemente pela imprensa. A reportagem repercutiu no início do mês passado ao mostrar a morte de uma bebê após o parto ter sido muito postergado pela equipe do Hospital dos Estivadores.

“Está tudo errado. A gente só conseguiu interná-la depois que postamos o caso nas redes sociais marcando vários vereadores. Outro absurdo é que os pais das crianças que nascem não têm livre acesso às mães”.

O seguidor da página do Ataque aos Cofres Públicos no Facebook, Mauricy Nascimento, também relatou a experiência angustiante vivida ao lado da esposa no hospital, em julho deste ano.

“Minha esposa teve um livramento neste hospital, pois entramos na terça-feira com seis centímetros de dilatação e na quarta foi pra oito. Eles sempre dizendo que a ‘mãezinha’ tinha que aguardar. O parto foi feito no sábado porque os batimentos cardíacos estavam fracos, o nascimento foi com duas voltas do cordão umbilical no pescoço, (a criança) totalmente roxa”, escreveu.

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Veja outros depoimentos que engrossam o descontentamento geral:

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