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19/03/2019     nenhum comentário

Estado agora garante só metade do dinheiro para o Hospital dos Estivadores de Santos

A Secretaria de Estado da Saúde informou que vai repassar R$ 54 milhões em 2019 para a Prefeitura pagar a OS que terceiriza a gestão; convênio anterior, assinado pelo ex-governador Márcio França, previa bem mais: R$ 99,7 milhões

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Depois que notícias de sobrecarga e recusa de novos pacientes no Hospital dos Estivadores se espalharam em Santos nesta segunda (18), uma informação nova vem à tona.

O Governo do Estado informou ao Jornal A Tribuna que vai garantir pouco mais que a metade dos recursos anteriormente prometidos para o Hospital dos Estivadores.

Dentre os R$ 99,7 milhões alinhavados em convênio anterior e depois cancelado pelo novo governador João Dória (PSDB), somente devem ser preservados R$ 54 milhões. O corte é de 46%. A matéria desta terça (19) aponta que o novo convênio a ser assinado nesta semana.

Na sessão legislativa desta segunda-feira (18), a vereadora Telma de Souza (PT) apresentou um requerimento pedindo explicações sobre a real situação do Hospital, diante das informações de que estaria recusando gestantes.

Também falaram sobre o assunto os vereadores Adilson Júnior (PTB) e Boquinha (PSDB), inclusive afirmando que há setores fechados no Hospital, além de funcionários com salários atrasados.

O Hospital dos Estivadores é gerido pela organização social Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Perguntamos à empresa se havia problemas de recusa de atendimentos novos no local. A resposta que tivemos foi evasiva.

A OS encaminhou uma nota negando o fechamento do serviço, mas alegando que o setor está com sobrecarga de pacientes em função do fechamento do Centro Cirúrgico do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande.

“A maternidade está operando acima da capacidade total de atendimento, devido ao aumento da demanda decorrente do fechamento temporário do centro cirúrgico do Hospital Irmã Dulce, na Praia Grande”, diz o comunicado.

Depois de dar dados sobre o aumento de partos em março, a nota é finalizada com a seguinte frase: “As pacientes SUS que precisam de atendimento obstétrico devem procurar os hospitais Guilherme Álvaro e Silvério Fontes”.

Serviço terceirizado e caro

Já pontuamos aqui que a OS do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz atua no serviço sem comprovar de fato a experiência como OS da Saúde, como exige a legislação municipal. O caso está sendo discutido na Justiça.

Pontuamos também que a terceirização da saúde, e em especial no Hospital dos Estivadores, encarece o serviço e diminui a transparência no uso do dinheiro público.

A situação é agravada pela dificuldade das autoridades públicas em custear os altíssimos valores contratados.

Depois de tanto dinheiro gasto compra, reforma, ampliação, aparelhagem e com o contrato de terceirização da gestão do equipamento, a caríssima publicização do serviço ficará sempre refém da vontade política dos governos de plantão? Por que o Hospital não funciona nos mesmos moldes que os demais equipamentos municipais, com servidores concursados e de carreira? O Governo não tem competência para gerir o hospital?

Estudo publicado no ano passado por várias universidades chegou à conclusão de que as Organizações Sociais 2,4 vezes mais caro do que a administração direta sem garantir ganho em eficiência.

Saiba mais nos links abaixo:

Hospitais terceirizados gastam 2,4 vezes mais do que se fossem geridos pelo poder público

OSs fazem menos, atacam o SUS e ainda custam mais caro para o Estado

Relatório do Tribunal de Contas de São Paulo comprova: terceirização de hospitais custa mais caro

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