Em UPA gerenciada pela ABBC falta de tudo

 

Na semana passada, a difícil situação de uma UPA terceirizada em Bragança Paulista, em São Paulo, foi parar nas redes sociais e na imprensa.

Uma mãe indignada foi à público no Facebook para contar um pouco do que viu dentro do equipamento, terceirizado para a Organização Social Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC).

A ABBC é a mesma OS que atuou em no Hospital Municipal de Cubatão, fechado no ano passado após a passagem de duas OSs que prestaram um péssimo atendimento, a despeito dos contratos milionários que a Prefeitura não conseguiu honrar até o final.

O post da contribuinte de Bragança Paulista repercutiu e alguns veículos de imprensa locais mostraram os problemas. A munícipe disse que os pacientes que buscam a UPA sofrem com a falta de insumos básicos que interferem no atendimento, e que deveriam estar à disposição da população, pois são pagos com os impostos recolhidos.

A jovem teve ficar internada na UPA que sequer tinha lençóis, cobertores e alimentação. A mãe teve que trazer tudo isso de casa, assim como fizeram os acompanhantes dos demais pacientes que precisaram de internação.

Nos comentários da postagem outras pessoas e funcionários denunciam que o desleixo é ainda maior, como falta de sulfite, falta de papel higiênico entre outros itens essenciais para o dia a dia de qualquer unidade.

Confira a postagem abaixo e os comentérios:

Vereadores governistas até tentaram justificar a situação, dizendo que a culpa é única e exclusiva da OS e que outra empresa será colocada no lugar. Mas não convenceram. Cabe dizer que, além dos parlamentares normalmente não fiscalizarem as gestões terceirizadas nos municípios, eles tendem a interpretar as situações como questões isoladas, ao invés de enxergarem que o modelo de gestão por OSs é um retrocesso por qualquer ângulo que se olhe.

Em Santos o mesmo está acontecendo na UPA Central, gerenciada pela Fundação do ABC. Na unidade faltam medicamentos básicos, cadeiras de rodas e já houve reclamações de falta de gesso e de algodão. Tudo isso tem acontecido sem que fossem detectados atrasos nos repasses por parte da Prefeitura. O o que é pior: em setembro o Município deverá insistir no erro, renovando o contrato com a empresa.