denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
31/10/2017     nenhum comentário

Em Santos, 25% do dinheiro da Saúde vai para quatro OSs e Oscips que terceirizam os serviços

Conforme dados da Previsão Orçamentária para o ano que vem, R$ 143 milhões serão repassados para quatro empresas

charge-nova-versu00e3o-caricaturasite

Um quarto do dinheiro da saúde de Santos vai parar na mão de organizações sociais (OSs) ou oscips especializadas em terceirização dos serviços públicos no ano que vem. É o que demonstra a previsão orçamentária para 2018.

Nas planilhas disponíveis no site da Câmara, apenas quatro “entidades” abocanharão um montante de mais de R$ 143 milhões. (veja na tabela).

tabela-repases-oss-oscips-stos-2018

Já mostramos inúmeras vezes neste espaço o quanto as OSs e outras entidades que atuam como terceirizadoras de força de trabalho são ruins para as cidades. Uma organização social é uma entidade privada, que finge não ter fins lucrativos. Ela recebe do Estado para prestar serviços de relevante interesse público investindo zero. Na saúde pública e em demais áreas contratam profissionais com baixos salários e pouca prática, o que intensifica a rotatividade e prejudica o atendimento.

Em que pese as OSs e oscips gastarem menos com pessoal, elas custam muito mais caro aos governos. Em hospitais isso ficou nítido em levantamentos realizados pelo Tribunal de Contas de São Paulo.

E de forma empírica podemos conferir o fracasso deste modelo de gestão na vasta quantidade de notícias sobre inviabilidade financeira dos contratos, desvios de recursos, greves de terceirizados por falta de pagamento, denúncias quanto ao não cumprimento de metas etc. Na Baixada Santista e no Brasil todo essas situações têm acontecido com muito mais frequência nos últimos dois anos.

Nada disso importa para o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que fez a opção em implementar um projeto político de golpear o serviço público para implantar um modelo calcado no “neoliberalismo-gerencial”, sobretudo na saúde.

Essa é a tendência para os próximos três anos deste mandato, com a ampliação da terceirização da gestão dos PSs da Zona Noroeste e Leste. Um processo que começou com a aprovação da Lei das OSs pela Câmara subserviente, em 2013.

 

Hospital dos Estivadores vai abocanhar 18% dos recursos da Saúde

Na semana passada o jornal Boqueirão News divulgou dados importantes, também com base no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2018. O veículo atentou para a previsão orçamentária destinada à OS Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que abocanha abocanha 17% (R$ 101.536.128,00) do total da receita da Secretaria de Saúde.

“Isso significa que hoje o hospital é o Calcanhar de Aquiles das finanças municipais. Funcionando apenas como maternidade, o custo/benefício tem sido um ônus crescente aos cofres públicos, especialmente se não existirem os aportes financeiros estaduais e federais prometidos. A bomba está armada…”, destaca a coluna do jornalista Jairo Sérgio de Abreu, que ainda pergunta se os números não refletem em um “negócio da China”.

print-boq-news-site

Se incluirmos ainda o valor reservado para pagar o financiamento com a aquisição imóvel, o percentual destinado ao HES sobe para 18,1% dos recursos da pasta no ano que vem, totalizando mais de R$ 103,6 milhões.

 É muito dinheiro para pouco retorno! Lembrando que a OS dona do contrato mais caro da Prefeitura está sendo questionada na Justiça por não ter o tempo de experiência mínimo exigido em lei municipal.

Problemas ocorridos com parturientes foram destaque na imprensa nos últimos meses. Já na UPA Central, terceirizada pela FUABC, as reclamações estão atingindo o ápice nas últimas semanas.

Depois de darem o aval para as OSs entrarem na administração, os vereadores incumbidos de fiscalizar se escondem. Se os santistas não reagirem, a situação só tende a piorar com desfalques cada vez maiores nos cofres públicos em nome de empresas que não entregam o que prometem.

Continuaremos denunciando a tragédia anunciada que é a terceirização da saúde e demais serviços públicos. Se você passou por alguma experiência negativa em algum dos equipamentos geridos por OSs ou em algum serviço prestado por Oscips, entre em contato. Pode ser pelo telefone 0800-770 7409 ou pelo facebok.com.br/ataqueaoscofrespublicos

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *