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22/08/2016     nenhum comentário

Em nome da privatização, santista sofrerá com PS ‘meia-boca’

Apenas para abrir as portas de um serviço improvisado e sem condições ideais de atendimento, a Prefeitura vai gastar mais de R$ 1 milhão. Depois serão gastos R$ 5.595.883,73 para a construção da futura UPA que substituirá o atual PS da Zona Leste. Valor sem contar com os aditamentos. E tudo isso deverá ser entregue de mão beijada para uma empresa gerenciar, com padrão de qualidade duvidoso, exatamente como acontece com a UPA central.

funcionariosPSZLsite

Um imóvel inseguro, apertado e sem a estrutura necessária para funcionamento de uma unidade de urgência e emergência.

Assim será, por no mínimo um ano e meio, o local onde funcionará o PS da Zona Leste de Santos enquanto a unidade definitiva for construída para ser entregue a uma Organização Social (OS).

São muitos os pontos negativos deste novo prédio (na Av. Afonso Pena, 386), batizado pelos funcionários de “puxadinho”. Os impactos serão sentidos pelos usuários e trabalhadores dos serviços de saúde de Santos, além da comunidade escolar da unidade estadual de ensino Suetônio Bittencourt Jr, que fica ao lado do PS que será derrubado para dar lugar a uma UPA (veja no quadro).

Em reuniões com os funcionários o chefe do Departamento Hospitalar de Santos, Marcos Sérgio Neves Duarte, admitiu as carências e deficiências do imóvel, alugado há um ano e sete meses por R$ 25 mil por mês (ou seja, já foram gastos R$ 475 mil) e que passou por uma reforma que custou aos cofres públicos R$ 556.025,02*. “É temporário, é provisório. Não é perfeito. falta mesmo um monte de coisas, mas nós procuramos muito outro imóvel e não foi encontrado”.

Com esse tipo de justificativa, só para abrir as portas de um serviço meia-boca e em condições improvisadas, a Prefeitura vai gastar mais de R$ 1 milhão.

Depois serão gastos R$ 5.595.883,73 para a construção da futura UPA que substituirá o atual PS da Zona Leste. Valor sem contar com os aditamentos.

E tudo isso deverá ser entregue de mão beijada para uma empresa gerenciar. Essa tal empresa, que o governo chama de OS, não investirá um centavo na unidade e ainda deverá receber repasses que podem ser estimados em R$ 20 milhões ao ano, se levarmos em conta o valor pago atualmente para a Fundação do ABC comandar a UPA Central (R$ 19,1 milhão).

Portanto, toda essa engenharia financeira para privatizar um único serviço de saúde custará aos cofres públicos R$ 6,6 milhões inicialmente. Quando enfim estiver funcionando, serão mais cerca de R$ 20 milhões ao ano para manter o serviço com força de trabalho terceirizada e de qualidade mais do que duvidosa.

Lembrando que Santos já tem funcionários concursados que atuam no PS da Zona Leste. Funcionários que agora estão com futuro incerto, já que nem o secretário de Saúde, Marcos Calvo, e nem o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), candidato à reeleição, esclarecem o que será feito deles depois que a UPA iniciar o atendimento terceirizado.

Os servidores decidiram que não vão mudar de unidade antes que seja realizada uma reunião diretamente com um dos dois mandatários para esclarecer esta questão.

Em resumo: foi gasto uma montanha de dinheiro dos cofres públicos para reformar um prédio velho, onde a população sofrerá com menos serviços e atendimento improvisado.

Enquanto isso, uma outra montanha de dinheiro vai servir para construir uma nova unidade que será entregue novinha em folha para uma empresa. E o serviço vai ficar precário do mesmo modo, haja vista o que está acontecendo com a UPA Central, onde as pessoas chegam a esperar 5 horas para serem atendidas por médicos recém-formados.

Todo esse dinheiro será usado sem nenhuma transparência. Esse dinheiro é seu! Vem dos recursos que você, santista, paga em impostos. Portanto, você e sua família serão lesados duas vezes! E a vida de todos estará em risco.

 

SAMU perderá uma unidade de urgência e emergência

Enquanto a UPA terceirizada não é uma realidade, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), conhecido como o prefeito das obras inacabadas, terá torrado R$ 1 milhão para forçar a população passar nervoso em busca de atendimento.

Como fizemos na conta acima, esse R$ 1 milhão é o valor gasto com a reforma do prédio temporário e do aluguel já pago até agora (um ano e sete meses).

Na prática, geograficamente falando, Santos vai perder uma unidade da Rede de Urgência e Emergência, já que o SAMU não poderá levar pacientes para o tal “puxadinho” que funcionará como PS temporariamente.

As ambulâncias terão que encaminhar acidentados, enfartados e outras emergências para unidades mais distantes da região, como o PS Central (ao lado da Santa Casa), que funciona a portas fechadas, como a UPA Central ou mesmo o PS da Zona Noroeste. Ou seja, aumentará o tempo de resposta para prestar socorro de forma adequada.

Vale lembrar que é difícil imaginar que a demolição e construção de um novo prédio durem apenas um ano e meio. O santista deve se preparar para um longo martírio.

A própria reforma do “puxadinho” onde funcionará o PS improvisado durou um ano. Imagine quanto tempo a população será atendida sem a qualidade devida?

Veja abaixo todos os pontos negativos que essa mudança envolve e como ela impactará no dia a dia da população:

tabela1

tabela2

 

dl21.site

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