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03/07/2017     nenhum comentário

Críticas na imprensa e na web refletem as mazelas da terceirização da saúde em Santos

Na UPA de Santos, nos últimos dez dias, um acidentado teve de esperar o Raio X por mais de 8 horas e uma idosa com problemas respiratórios teve a mão machucada; na internet as críticas são várias

 

“Sem comentários”. Esse é o título de um relato enviado para o Jornal A Tribuna de Santos, publicado na edição desta terça-feira (27), em que o advogado Vicente Cascione relata a história que acompanhou, envolvendo o atendimento de Urgência e Emergência da Cidade.

Trata-se da saga de um homem que sofreu um acidente de moto e passou por toda a sorte de obstáculos para ser atendido. O acidente aconteceu por volta de 12h15 do dia 26 de junho. Chamaram-lhe o resgate, mas no lugar veio uma viatura policial e a informação de que não havia ambulâncias do SAMU.

Diante disso, foi chamado o Corpo de Bombeiros, e só então o rapaz seguiu para a UPA Central. Chegando na unidade, mais um martírio. Não poderiam fazer nada por ele, pois o aparelho de Raio X estava quebrado, sem previsão para conserto. Tampouco poderiam transportá-lo para a Santa Casa, onde poderia fazer o exame. O motivo? A UPA não tem ambulância para fazer a remoção.

Resultado: até às 20h30 do mesmo dia (segunda, 26), o rapaz permanecia na mesma maca do corpo de bombeiros, na UPA, à espera de alguma solução para o seu caso. Ele estava com suspeita de LESÃO NA COLUNA VERTEBRAL!

Parte do serviço utilizado para remoção de pacientes em ambulâncias é terceirizado. A UPA Central é terceirizada. E ambos os serviços mostram que não funcionam quando mais se precisa deles. Como aceitar que uma Unidade de Pronto Atendimento não tenha como fazer simples radiografias? Como achar normal que a maior parte das ambulâncias esteja inoperante numa cidade como Santos?

O Governo mente para a população quando diz que a terceirização de serviços para empresas ou Organizações Sociais tem o objetivo de trazer mais eficiência e agilidade ao atendimento. O que se quer é apenas permitir a transferência de dinheiro e de responsabilidades para terceiros.

Isso é “cuidar, inovar e avançar”? Até quando, afinal, a população suportará tanto descaso e incompetência?

Veja abaixo o relato publicado no Jornal A Tribuna, em 27/06:

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Idosa entra na unidade terceirizada com problemas respiratórios e sai com graves queimaduras

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“Revoltante”. A palavra usada por familiares da paciente que teve as mãos queimadas na UPA terceirizada pela Fundação do ABC, em Santos, já diz tudo.

Ao site G1, a filha da idosa, de 65 anos, contou como tudo aconteceu. Zahara Khalil disse que sua mãe, Marli Justino de Freitas, teve queimaduras de 2º grau após receber atendimento médico por conta de problemas respiratórios, na unidade da Vila Mathias.

Ela deu entrada na unidade com insuficiência respiratória e saiu do mesmo local para ser internada da Santa Casa com graves ferimentos na mão esquerda. Hoje já está em casa e se recupera bem.

O problema com Marli aconteceu no dia 25 de maio, mas só veio à tona no último dia 26, um mês depois, após a família relatar a situação no Facebook. O caso foi parar no G1.

Zahara explicou que ao visitar a mãe, que estava em um leito da enfermaria aguardando vaga de internação em algum hospital, ela se deparou com a mão da idosa em carne viva. Pediu explicações para funcionários e ouviu o seguinte: “Não sabemos o que aconteceu. Vamos apurar”.

Impaciente com o estado da mãe, Zahara buscou transferência para a Santa Casa de Santos. Lá, segundo ela, a idosa se recuperou e recebeu alta.

Com a mãe já em casa, resolveu divulgar a história nas redes sociais. Somente depois de quase um mês e centenas de compartilhamentos, ela afirma que recebeu uma ligação da direção da UPA. Os responsáveis pela unidade enfim resolveram lhe dar uma resposta, que ela considerou insatisfatória. Alegaram ter havido um problema com o acesso venoso.

Ela afirma ter feito um boletim de ocorrência, pois não aceita o que aconteceu: “Isso é revoltante. Deixo minha mãe na unidade com problemas respiratórios e, no dia seguinte, ela está com a mão toda queimada. A UPA Central de Santos parece um depósito de pessoas. Vou à Justiça para que eles respondam pelo que aconteceu”, disse à reportagem.

O Ataque aos Cofres Públicos tem denunciado insistentemente que a UPA como está, terceirizada para uma empresa com ficha suja em diversas investigações e órgãos de controle, causa prejuízos não só para nas finanças municipais, mas, principalmente, para a população.

Nas semana retrasada mostramos que o local não tinha a quantidade ideal de médicos atendendo e nem insumos e medicamentos básicos, como gesso, algodão, toalhas, paracetamol e dipirona sódica.

Apesar de tantos problemas, o Governo de Paulo Alexandre (PSDB), por meio do secretário de Saúde, Fábio Ferraz, divulgou que em breve a Organização Social receberá um aumento nos repasses mensais.

Veja abaixo alguns comentários escritos no relato de Zahara, no Facebook, que demostram mais ainda a má qualidade dos serviços terceirizados da UPA:

 

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