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28/06/2019     nenhum comentário

Calote: terceirizados em hospital gerido pela ISG protestam contra salários atrasados

Organização Social recebeu e não pagou os trabalhadores, que denunciam também a falta de insumos

isg-calote

Servidores do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) e do Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (CEAP-SOL), em Goiânia (GO), estão com os salários atrasados há 17  dias. Ambas as unidades são administradas pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG).

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás diz que está em dia com os repasses. A OS fala em esforços para obter do poder público um reequilíbrio no contrato.

O fato é que quem está sem os salários são os funcionários, que denunciam também falta de estrutura e de insumos nas unidades.

Conforme informações do Jornal Opção, após manifestações realizadas na noite de quinta-feira (27) e na manhã desta sexta-feira (28), os sindicatos que representam os terceirizados se reuniram para elaborar petição que será entregue ao governador Ronaldo Caiado (DEM) e ao secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, em busca de soluções para o calote.

O documento ainda está sendo elaborado pelas categorias, mas deve ser entregue já na próxima semana. Além disso, os servidores já programaram nova manifestação para a próxima quinta-feira (4), às 18h, no estacionamento do HDT.

Esses trabalhadores reivindicam, além dos salários atrasados, material. Uma das denúncias do movimento é quanto à falta de insumos nas unidades, além de enfermarias interditadas e salas em manutenção.

De acordo com um integrante do movimento, que não quis se identificar, por medo de represálias, os participantes das reivindicações tem sido ameaçados de demissão por parte da Organização Social. No entanto, ele conta que isso não os desmotiva na luta.

Na segunda-feira, 1º, representantes do movimento vão se reunir com os líderes sindicais para revisar o texto que será entregue ao Governo.

Ao Hornal Opção, o ISG afirma que desde que assumiu o contrato de gestão em 2012 tem promovido “uma modernização e qualificação das unidades, com prioridade para uma assistência humanizada”. Segundo o documento, desde então “o HDT saiu de um estado de interdição ética pelo Conselho Regional de Medicina para a Acreditação ONA 2, a única concedida a um hospital de infectologia  no Brasil”.

Questionado sobre os repasses ao servidores, o instituto afirma que mesmo com os efeitos da crise econômica do país “afetando a regularidade dos repasses dos contratos de gestão”, desde o ano passado, a gestão das duas unidades tem procurado “priorizar ao máximo os salários dos colaboradores”.

Outro trecho da nota diz que, com base nas negociações com a SES-GO e “confiando nos esforços do atual governo em promover o reequilíbrio dos contratos”, o ISG segue atuando para mitigar “assim que possível”, os atrasos salariais reclamados “tão logo receba o devido repasse do mês de junho”, pontua. O ISG não se pronunciou quanto as enfermarias interditadas no HDT.

A SES, no entanto, garante que repasses têm sido feitos. “Neste ano já foram feitos repasses de cerca de R$ 28,5 milhões ao ISG para gestão do HDT. Os meses de janeiro, fevereiro, março, abril e maio estão rigorosamente pagos, de forma que o não pagamento de prestador ou trabalhador compete à gestão interna da Organização Social (OS) que gere a unidade”.

A secretaria ainda informou que há previsão de que o repasse referente ao mês de junho seja realizado nesta sexta-feira (28) mediante liberação dos recursos do Tesouro Estadual. Eles ainda frisam que já entraram em contato com a OS que faz a gestão do hospital e cobrou apresentação de plano para reabertura das salas em manutenção.

Apesar do anúncio da secretaria, os servidores afirmam que ainda não receberam o pagamento.

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