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14/11/2018     nenhum comentário

As lamúrias na UPA Central terceirizada pela Prefeitura não param

Enquanto a terceirização suga muito dinheiro para as empresas, unidades geridas diretamente, como o antigo PS Central, fica sem recursos, com pacientes disputando espaço com as baratas

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No último dia 7, uma emissora de televisão local desmascarou a Prefeitura de Santos e o mito da Cidade Número 1 para se viver. A TV Tribuna mostrou o antigo PS Central entregue às baratas, com problemas que vão desde os risco iminente de curtos circuitos até estrutura e o mobiliário, que mais parecem os de um filme de terror.

Devemos lembrar o leitor que há pouco mais de três anos, quando anunciou o fim do PS Central e a criação de uma UPA para substituir o serviço, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa prometeu que a saúde de Santos iria alcançar um patamar de excelência na Urgência e Emergência.

Cada dia que passa desmascara de uma forma diferente as mentiras no discurso do tucano. A UPA, terceirizada para uma empresa ficha suja, custa R$ 21 milhões por ano. Equipes reduzidas, tratamento desumano, negligência e muita demora são as principais reclamações. O dinheiro que é embolsado pela Organização Social Fundação do ABC é exatamente o que faz muita falta no dito Hospital de Pequeno Porte, montado no prédio do antigo PS.

Como mostrou a emissora, o local é o retrato do abandono. Pacientes e acompanhantes disputam espaço entre baratas e mosquitos. Ocasionalmente falta d’água, os equipamentos estão sempre quebrados, o mobiliário é velho e danificado. O improviso se nota por todo o lado.

É isso o que faz a terceirização nas cidades onde o modelo de gestão com as ditas entidades privadas sem fins lucrativos impera. Os governos sucateiam os serviços ao máximo para que sobre mais dinheiro para as empresas amigas. Ao mesmo tempo, para os serviços abandonados planejadamente, sempre surge a “solução mágica” de mais terceirização.

E os vereadores que aprovaram a Lei que autoriza o Governo a contratar OSs se fingem de mortos. Eles deveriam fiscalizar e agora se omitem. Vez ou outra fingem que estão preocupados e mandam requerimentos pedindo explicações ao prefeito. A maioria sequer é respondido. E a vida segue como se Santos fosse realmente a Cidade Número 1 para se viver.

Não para Romildo dos Santos Cruz de Andrade e sua família. Ele sente na pele a difícil rotina de quem só tem o SUS como assistência em Saúde. Na última segunda-feira (5), foi até a UPA acompanhando a mãe, Simone Andrade, que estava com fortes dores nas costelas e com muita dificuldade para respirar.

Chegaram no local meio-dia. Falamos com Romildo às 16 horas e ele não tinha ideia de quando Simone seria atendida.

“Tive até que buscar algo para ela comer, pois não deu para almoçar. Ela está com dores e não pode ficar mais debilitada. Esse serviço de pronto atendimento não merece ter esse nome”, afirmou.

Veja abaixo mais depoimentos:

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